Audição de Manuel Chang remarcada para 31 de Janeiro, na RSA
Novo adiamento da audição do caso do antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, na África do Sul, para dia 31 deste mês. O ex-ministro continua sob detenção
A defesa pediu hoje a libertação de Manuel Chang sob fiança, mas a equipa da acusação recusou dizendo que o antigo ministro vai fugir. A sua extradição ainda não foi discutida no tribunal.
Ler maisExtradição para Moçambique: Solicitação faz Manuel Chang abandonar o pedido de caução, provisoriamente
Manuel Chang abandonou provisoriamente o pedido de liberdade sob caução e aguarda o decurso do pedido de extradição para Moçambique na cadeia em Benoni.
Os seus advogados dizem que se o processo de pedido de extradição demorar vão retomar a solicitação de caução.
Ler maisCaso Manuel Chang: Passa para 5 de Fevereiro audição do deputado e antigo ministro das finanças
A audição do caso da detenção do deputado e antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, foi adiada ontem para 5 de Fevereiro próximo no tribunal distrital sul-africano de Kempton Park.
Os advogados de Chang pediram o adiamento para lidarem com o pedido de extradição do seu constituinte para Moçambique solicitada pela Procuradoria-Geral da República.
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Tribunal Supremo angolano começa a julgar burla de 50 mil milhões
O Tribunal Supremo angolano começa hoje a julgar, em Luanda, 14 pessoas, de várias nacionalidades, envolvidas no caso da 'burla tailandesa', uma alegada tentativa de burla ao Estado angolano de 50 mil milhões de dólares (43.500 milhões de euros).
Segundo a acusação, o caso começou em 27 de novembro de 2017, quando chegou a Angola um grupo de dez pessoas com visto de fronteira, do qual faziam parte quatro arguidos tailandeses, bem como os prófugos Pracha Kanyaprasit, Kanphitchaya Kanyaprasit, Watcharinya Techapingwaranukul, igualmente oriundos da Tailândia.
Oito dos arguidos deste processo aguardam o início do julgamento em prisão preventiva, enquanto a outros dois foi aplicada a medida de coação de prisão domiciliária.
Dos arguidos que se encontram em prisão preventiva, quatro são tailandeses - Raveeroj Ritchchoteanan, 50 anos, e considerado o mentor da tentativa de burla, Monthita Pribwai, 28 anos, Manin Wantchanon, 25 anos, e Theera Buanpeng, 29 anos -, encontrando-se também detidos André Louis Roy, canadiano de 65 anos, e Million Isaac Haile, eritreu de 29 anos.
Com a mesma medida de coação encontram-se os réus Celeste de Brito António e Christian Albano de Lemos, ambos angolanos.
Em prisão domiciliária estão os réus Ernesto Manuel Norberto Garcia, 51 anos, ex-diretor da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) e antigo secretário para a Informação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido no poder) e José Arsénio Manuel, general das FAA, 62 anos.
Os arguidos foram pronunciados pela prática dos crimes de associação criminosa, fabrico e falsificação de títulos de crédito, falsificação de documentos e uso de documentos falsos, burla por defraudação na forma frustrada, promoção e auxílio à imigração ilegal e tráfico de influência.
O porta-voz dos juízes deste processo, Lourenço José, disse na quarta-feira que o julgamento do processo vai decorrer a partir de hoje na terceira secção da câmara criminal do Tribunal Supremo, em Luanda.
"Estão criadas todas as condições para que o ato decorra normalmente", garantiu o juiz Lourenço José.
De acordo com a acusação, o grupo chefiado por Raveeroj Ritchchoteanan, criador e presidente da alegada Fundação Mundial com o seu nome, com o fito de erradicar a pobreza e promover educação e saúde de qualidade na Ásia e em África, chegou a Angola por intermédio da arguida Celeste de Brito, que foi estudante na Tailândia, onde conheceu o prófugo Pierre Rene Tchio Noukekan e com o qual "manteve sempre contacto desde aquele período até à data da sua chegada a Angola".
O Ministério Público refere na acusação que foi Celeste de Brito quem solicitou cartas às instituições do Estado angolano a convidar a fundação a realizar financiamentos em Angola, tendo antecipadamente sido enviada uma cópia do cheque no valor de 5.200 milhões de dólares (4.560 milhões de euros) "para fazer prova da capacidade financeira da empresa", bem como de vários documentos da empresa Cetennial, sociedade em que é presidente Raveeroj Ritchchoteanan.
O visto de entrada dos cidadãos tailandeses, segundo a acusação, foi solicitado em 07 de novembro de 2017 pelo ex-diretor da UTIP ao Serviço de Migração e Estrangeiros, em nome da empresa de Celeste de Brito.
No mesmo dia em que os arguidos chegaram a Angola, segundo a acusação, foi realizado um encontro na sede da UTIP com representantes de bancos comerciais, ocasião em que Raveeroj Ritchchoteanan exibiu o cheque de 50 mil milhões de dólares, que esteve na origem deste processo.
Ler maisGreve geral no Zimbabué termina hoje depois de morte de oito pessoas
A greve geral de três dias convocada pela Conferedação Sindical do Zimbabué chega hoje ao fim, depois de confrontos entre manifestantes e forças de segurança terem provocado pelo menos oito mortos e dezenas de feridos.
A greve foi convocada pela confederação de sindicatos que considerou "uma loucura" o aumento do preço dos combustíveis anunciado pelo Presidente do país, Emmerson Mnangagwa, no sábado.
Na noite de sábado, Emmerson Mnangagwa anunciou a multiplicação dos preços da gasolina em 2,5 vezes, na esperança de reduzir o consumo e os tráficos associados à desvalorização da moeda.
O anúncio de Mnangagwa colocou o Zimbabué como o país com os combustíveis mais caros no mundo, de acordo com o portal GlobalPetrolPrices.
Atualmente, o preço médio de um litro de gasóleo cifra-se nos 3,11 dólares (cerca de 2,73 euros) e um de gasolina nos 3,33 dólares (cerca de 2,92 euros).
Segundo o mesmo portal, os combustíveis no Zimbabué superaram assim o agora segundo valor mais alto, Hong Kong, cujo valor comercial de um litro de gasolina se negoceia por 2,04 dólares (cerca de 1,79 euros).
De acordo com a Amnistia Internacional (AI), oito pessoas morreram na segunda-feira, quando a polícia e o exército do Zimbabué abriram fogo sobre a multidão, levando ainda a ferimentos em pelo menos outros 26 manifestantes.
Já nesta terça-feira, durante o segundo de três dias de greve geral, um helicóptero lançou gás lacrimogéneo contra manifestantes que bloquearam uma estrada e queimaram pneus, descontentes com o aumento de combustíveis conduzido pelo Governo.
Na televisão estatal, a ministra da Informação, Monica Mutsvangwa, considerou que as manifestações contra o Governo são comparáveis a "terrorismo" e afirmou que estavam "bem coordenadas" pela oposição.
A ministra pediu à população que regressasse ao trabalho, adiantando que as forças governamentais iriam garantir a sua segurança.
O acesso a plataformas sociais, como Facebook, Twitter e Whatsapp, foi limitado, empresas e escolas encerradas e transportes públicos suspensos, apesar das promessas do Governo que assegurava a segurança.
O Presidente zimbabueano está na Rússia, onde se reúne com representantes de vários países - incluindo o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, - em busca de empréstimos e investimento internacional.
Emmerson Mnangagwa, na liderança do Zimbabué há um ano, desde a demissão de Robert Mugabe, estará no Fórum Económico Mundial, em Davos, Suíça, na próxima semana.
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