Renzi admite vetar fundos europeus se outros países não ajudarem na questão dos refugiados
A Itália chegam milhares de migrantes e refugiados todos os dias. Só este ano o país já recebeu mais de 155 mil pessoas, mais do que em todo o ano passado, e o país disse que não pode voltar a receber tanta gente no próximo ano.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, pediu a solidariedade dos outros países da União Europeia e admitiu, numa entrevista à RAI, os fundos de Bruxelas para países que se recusem a ajudar a Itália e a Grécia, que acolheram centenas de milhares de migrantes nos últimos anos.
“ Este mecanismo de darmos 20 mil milhões de euros à Europa e nos restituírem 12 acabou”, realçou Renzi. Questionado pelo jornalista se admitia usar o veto, respondeu: “ Sim, absolutamente. Os direitos e as obrigações são para todo o mundo. É muito fácil pegar no nosso dinheiro e construir muros. O dinheiro não passa através dos muros. Se construírem muros, travam os migrantes, mas não receberão mais dinheiro da Itália”.
Bruxelas pediu ao Governo italiano para explicar a revisão em alta do défice nominal previsto para o próximo ano. Uma das razões apontadas por Roma é o fluxo de migrantes.
Esta quarta-feira, a União Europeia começa a formar a Guarda Costeira da Líbia, no âmbito da operação Sophia, contra o tráfico de migrantes.
Ler maisFrança: Começou a evacuação da "selva de Calais"
As famílias serão alojadas em 450 centros de acolhimento em outras zonas do país, e com melhores condições de vida.
Amanhã, terça-feira estão previstos 45 autocarros e no dia seguinte mais 45 para transportarem entre 6 mil a 8 mil pessoas. Mais de dois mil elementos das forças de segurança enquadram a operação para evitar que outros migrantes ocupem o espaço vazio.
Ler maisPresidente da república mantém conversações com homólogo do Ruanda, Paul Kagame
Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, recebe amanhâ, segunda-feira, no Gabinete da Presidência da República, O seu homólogo do Ruanda, Paul Kagame, para conversações oficiçlis, no âmbito da Visita de Estado que efectua a Moçambique, de 24 a 25 de Outubro de 2016.
A visita do Chefe do Estado ruandês ao nosso país insere-se no quadro do reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperaçcro existentes entre Moçambique e Ruanda, nos dom'nios bilateral e multilateral.
Consta, igualmente, do programa da visita do Presidente ruandês uma deslocação à Assembleia da República, deposiçâo de uma coroa de flores na. Praqa dos Heróis Moçambicanos, visita ao Porto de Maputo e a participação numa palestra com a sociedade empresarial e académicos, subordinada ao tema" contributo do sector prfvado no desenvolvímento económico de Ruanda".
Ler maisBissau recebe em euforia antigo líder que cumpriu pena por tráfico
Bissau recebeu em euforia na última madrugada o antigo líder militar Bubo Na Tchuto, libertado pelos Estados Unidos da América após cumprir três anos e meio de prisão por tráfico de droga.
O contra-almirante, ex-Chefe do Estado-Maior da Armada guineense, 67 anos, chegou a Bissau às 01:30 (02:30 em Lisboa) num voo comercial oriundo de Marrocos e antes que alguém o visse, preferiu receber o filho sem sair do carro que o pegou à porta do avião.
Só depois do encontro de família a que se juntou a mulher é que Bubo enrolou uma bandeira da Guiné-Bissau ao pescoço e saiu da viatura, gerando-se uma comoção que arrastou centenas de pessoas durante duas horas, até o antigo líder militar conseguir chegar a um hotel na baixa da cidade.
"Bubo, Bubo", foi o grito da multidão, com muitos jovens e vários atropelos: valeu de tudo para tentar chegar perto dele - enquanto o próprio assistia a momentos de tensão entre os militares que o protegiam por não se entenderem sobre como sair do aeroporto.
A custo, conseguiu entrar num carro que em poucos segundos ficou coberto de gente aos pulos e a bater palmas.
"Estou muito emocionado", gritou Samuel Enfada, ao tentar abraçar o "tio Bubo".
Ao lado, Elson Enfada recordou o passado do antigo líder militar na luta pela independência da Guiné-Bissau para o classificar como "um verdadeiro combatente da liberdade da pátria".
Quanto à condenação por tráfico de droga, "foi um problema particular" e "político", que foi "resolvido na América, que decidiu libertá-lo", referiu.
Já no quarto de hotel, Bubo na Tchuto abriu a porta aos jornalistas para dizer apenas que "a viagem foi longa" e agora era tempo de descansar.
De etnia balanta, José Américo Bubo Na Tchuto, conhecido como general do povo, entrou nas fileiras das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP, designação oficial das forças armadas guineenses) a 02 de maio de 1963, com 14 anos.
Em abril de 2013, foi capturado pelos Estados Unidos ao largo de Cabo Verde numa operação da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana e confessou os crimes no ano seguinte, bem como outros três homens que foram detidos com o guineense.
Segundo a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau.
Acabaria condenado a 04 de outubro por um tribunal de Nova Iorque a quatro anos de prisão por tráfico de droga, sendo libertado poucos dias depois.
Ler maisCamarões: Descarrilamento de comboio mata mais de 50 pessoas
A composição fazia o percurso entre Yaounde, a capital do país, e a cidade portuária de Douala. O incidente ocorreu perto da estação da localidade de Eseka, a cerca de 120 quilómetros da capital.
Uma informação confirmada pela Camrail, operada pela empresa francesa Bollore Railways, na sua página do Facebook.
A composição, um Intercidades, partiu com quase o dobro das carruagens normais. Das nove passou a 16, com informava horas antes do acidente um órgão de comunicação local. O objetivo da transportadora ferroviária era aumentar para cerca de 1200 o número de passageiros.