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O Fundo Monetário Internacional (FMI) resgatou o Egito com 12 mil milhões de dólares. O Cairo receberá de imediato 2,7 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) e o restante dependerá do desempenho da economia e da implementação de reformas nos próximos três anos.
Após seis anos de turbulência política e social, que afugentou turistas e investidores, a economia enfrenta uma grave crise. Mas a austeridade pode inflamar novamente o país.

A euronews abordou a situação com Richard Banks, consultor da Euromoney para a região do Norte de África e do Médio Oriente.

Mohammed Shaikibrahim, correspondente da euronews no Cairo: “Tendo em conta o estado atual da economia, o empréstimo do FMI é a última solução para o Egito?

Richard Banks: “Penso que o pacote do FMI – é um pacote, temos de o recordar – vai trazer, certamente, outros fundos bilaterais e multilaterais. Vai trazer um quadro de trabalho claro sobre a direção da política pública e esse quadro é muito importante, porque é a base para os investidores internacionais mudarem a perceção que têm do Egito”.

Nos últimos anos, as reservas cambiais do Egito diminuíram de forma drástica. Além disso, face à pressão do FMI, o Banco Central do país avançou para a flutuação da libra egípcia, o que provocou uma desvalorização da divisa na ordem dos 50% face ao dólar.

A desvalorização da moeda e a implementação de uma taxa de IVA fizeram subir os preços.

euronews: Pensa que a economia egípcia será capaz de suportar as condições impostas pelo FMI?

R. Banks: “O Egito tem problemas estruturais profundos. Todo o sistema de subvenções não se adapta aos objetivos. Subsidia produtos e não pessoas. É preciso dar dinheiro aos pobres, é necessário assegurar que as pessoas pobres tenham um nível mínimo, que possam sobreviver, ter acesso à saúde e à educação. Não se subsidia gasolina ou pão. Subsidia-se pessoas”.

O governo começou a reduzir as ajudas públicas, que representavam quase 8% das despesas nacionais. A gasolina era um dos produtos subvencionados e, com a decisão, os preços subiram cerca de 50%.

Num país onde um terço da população vive no limiar da pobreza, o aumento do custo da vida provocou manifestações, rapidamente contidas. Mas será que as medidas não vão criar um novo ambiente de revolta?

R. Banks: “Esse é o grande problema. Qual o grau de tolerância das pessoas? O problema é que as pessoas estão habituadas a pagar preços que não são os reais. O valor dos bens adquiridos no Egito, com a libra egípcia, não custa uma libra egípcia mas duas, ou o quer que seja. Agora temos de mudar o sistema. Penso que todos compreendem isso. O desafio, agora, é como fazer isso sem que as pessoas passem fome. Trata-se de gerir as mudanças e, tem razão, há um risco de as mudanças, se não forem geridas corretamente, poderem levar a outra revolução. Mas, como disse, pode ter-se uma revolução todos os dias e isso não vai resolver o problema”.

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Donald Trump e Vladimir Putin pretendem promover uma “cooperação construtiva” entre os Estados Unidos e a Rússia, nomeadamente na luta contra o terrorismo.

A informação foi avançada pelo Kremlin, que precisou que o presidente russo telefonou pessoalmente ao magnata para o felicitar pela vitória nas presidenciais norte-americanas. A equipa de Trump confirmou o contacto telefónico.

O comunicado do Kremlin precisa que Trump disse a Putin que deseja uma “relação forte e duradoura” com a Rússia e o povo russo e que ambos vão comparar agendas com vista a um encontro, face a face.

Ambos recordaram que no próximo ano vão cumprir-se 210 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a Rússia.

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O FMI tenta pôr fim à grave crise económica no Egito com a aprovação de um empréstimo de 12 mil milhões de dólares nos próximos três anos.

Em troca o governo comprometeu-se a lançar um profundo plano de austeridade que se arrisca a inflamar a revolta da população.

A polícia egípcia deteve esta sexta-feira mais de 300 pessoas durante uma jornada de protestos em todo o país contra o aumento do custo de vida.

As reformas exigidas pelo FMI prevém uma redução drástica das subvenções públicas, em especial aos combustíveis, que fizeram disparar os preços dos bens essenciais no país.

A libra egipcía sofreu uma queda de 50% face ao dólar, depois do Banco Central ter aceite adotar uma taxa de câmbio flutuante. Uma medida que fez disparar o preço dos bens importados, como o açúcar.
Num país onde um terço da população vive abaixo do limiar da pobreza, a austeridade poderá, no entanto, a aumentar ainda mais a instabilidade política e a contestação contra o governo do presidente Abdel Fatah Al-Sissi.

A violenta repressão da oposição e os atentados islamitas tinham afetado seriamente o turismo, um dos principais recursos económicos do Egito.

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segunda-feira, 14 novembro 2016 09:04

Sismo de 7,8 faz dois mortos na Nova Zelândia

Pelo menos duas pessoas morreram na sequência do sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter que atingiu a Nova Zelândia, este domingo.

O alerta de tsunami emitido na sequência do terramoto, ainda se mantém para a zona onde se localizou o epicentro, 91 quilómetros a norte da cidade de Christchurch, na Ilha do Sul, mas já foi levantado nalgumas regiões do país.

O sismo deixou muitas localidades com as estradas bloqueadas. Na Ilha do Sul e na zona sul da Ilha do Norte, foi suspensa a circulação ferroviária. A empresa Bluebridge Ferry, que assegura as carreiras de ligação marítima entre Wellington (Ilha do Norte) e Picton (Ilha do Sul), anunciou que o serviço foi suspenso porque os portos ficaram danificados.
À medida que as equipas de salvamento avançam para o interior, é possível que sejam identificadas mais vítimas, disse o primeiro-ministro, John Key:

“Sabemos agora que baixou o risco de tsunami e o alerta foi limitado às zonas costeiras. Exortamos porém as pessoas a manterem todos os cuidados”, disse Key.
O “site” neo-zelandês de vigilância e alerta para fenómenos geológicos, GeoNet, informou que o sismo foi largamente sentido através do país e alertou a população para possíveis réplicas.
A cidade de Christchurch foi atingida em 2011 por um terramoto de intensidade 6,3, que matou 185 pessoas.

A Nova Zelândia situa-se no limite das placas tectónicas da Austrália e do Pacífico, zona que faz parte do chamado Anel de Fogo do Pacífico, onde anualmente são registados cerca de 15 mil sismos.

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As autoridades de Gauteng, na África do Sul, poderão declarar emergência em algumas regiões da província, onde a persistência das chuvas está a desalojar um número crescente de famílias.

O mau tempo fez 6 mortos em Johannesburg e Ekurhuleni, além de ter causado danos avultados e desalojado centenas de famílias.

A persistência da chuva está a dificultar as buscas visando localizar o corpo de uma mulher que ontem de manhã se afogou no Rio Apies, em Pretória.

Mergulhadores conseguiram recuperar os destroços da viatura em que a mulher seguia quando foi colhida pela corrente da água.

Também devido à continuação do mau tempo, os serviços de emergência interromperam ontem as buscas de uma criança de 3 anos, que foi arrastada pelas águas na quarta-feira em Alexandra.

Na altura do incidente, a menor estava com os pais no bairro informal de Setjwetla, onde as inundações desalojaram centenas de famílias.

A cidade de Ekurhuleni registou as piores inundações de que há memória nos últimos 200 anos.

De acordo com os serviços de meteorologia da África do Sul, na sexta-feira, a cidade registou 79.4 milímetros de chuva em apenas 1 hora.

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