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Trabalhadores moçambicanos fazem parte de um grupo de mais de 1000 mineiros, da Gold Fields, que receberam cartas de despedimento na mina de Westonaria, cerca de 100 km de Joanesburgo, devido a alegadas perdas financeiras pela empresa, mas o sindicato convocou greve de protesto contra o despedimento.

A delegação do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social lamenta, mas não tem poderes para travar o despedimento.

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Duas mulheres muçulmanas devem ser eleitas para o Congresso dos EUA nas próximas eleições legislativas de 06 de novembro, o que será uma novidade quando o discurso anti migrantes tem peso nos círculos dirigentes do país.

Ilhan Omar, uma refugiada somali, parece segura de conseguir um lugar na Câmara dos Representantes através de um círculo maioritariamente democrata no Estado do Minnesota, onde é a candidata por este partido.

Já Rashida Tlaib, nascida em Detroit de pais palestinianos, está bem posicionada para ser eleita também para a Câmara num círculo onde não tem rival.

Se forem eleitas, serão as duas primeiras mulheres muçulmanas a entrarem no Congresso, o que eleva para três o número de muçulmanos nesta instituição.

O terceiro, Andre Carson, que é negro e muçulmano, deve ser reeleito no seu círculo no Estado do Indiana.

Estes acontecimentos históricos ocorrem porém no momento em que o Conselho para as Relações Americano-Islâmicas (CAIR, na sigla em Inglês) divulgou uma subida de 21% dos crimes antimuçulmanos no primeiro semestre de 2018.

Rashida Tlaib e Ilhan Omar estão nos antípodas de Donald Trump e do seu partido republicano, designadamente opondo-se às políticas restritivas sobre imigração e apoiando um sistema de saúde universal.

"A eleição de Donald Trump foi um sinal de alarme", disse Colin Christopher, da Sociedade Islâmica da América do Norte (ISNA, na sigla em Inglês), à AFP. "Vemos agora comunidades antes ausentes das discussões publicas (...) que estão verdadeiramente comprometidas", acrescentou.

O perfil destas duas candidatas reflete a importância crescente dada pelos democratas, na era Trump, a questões quentes como os direitos das mulheres e das minorias.

Rashida Tlaib é a mais velha de 14 irmãos. Em 2008, tornou-se a primeira mulher muçulmana a entrar no parlamento estadual do Michigan.

Aos 42 anos, posicionou-se contra Trump e como campeã da causa das classes populares.

Em agosto, ganhou a primaria no partido democrata num círculo maioritariamente negro.

"O seu círculo não conta muitos muçulmanos", realçou Dawud Walid, o diretor executivo da seção do CAIR no Michigan, em declarações à AFP.

"Não creio que a sua identidade étnica ou religiosa tenha tido um grande papel na sua vitória", acrescentou.

Rashida Tlaib está consciente do caráter histórico da sua candidatura. Num discurso emotivo, depois da sua vitória em agosto, com a mãe ao lado, evocou a sua família na Cisjordânia, que segue o seu percurso de perto.

Sem adversário republicano, deve ser eleita na próxima semana para um mandato de dois anos para substituir o eleito de longa data John Conyers, que se demitiu em dezembro depois de ter sido acusado de assédio sexual e por razões de saúde.

Ilhan Omar, por seu lado, forjou-se uma identidade política progressista e defende uma educação universitária gratuita, habitação para todos e uma reforma da justiça penal.

Esta jovem, que usa o 'hijab', lenço que cobre a cabeça deixando a cara destapada, fugiu da guerra civil no seu país com oito anos de idade, antes de emigrar com a família para os EUA.

Em 2016, a jovem mulher de 36 anos conseguiu ser eleita para o parlamento estadual do Minnesota, onde vive uma importante comunidade somali.

Desta vez, apresenta-se a disputar um lugar no Congresso, num círculo dominado pelos democratas, e deve derrotar facilmente o seu rival republicano.

Se eleita, Omar vai substituir Keith Ellison, que foi o primeiro muçulmano eleito para o Congresso, em 2006.

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O Presidente sul-coreano Moon Jae-in disse hoje que o líder norte-coreano Kim Jong-un visitará "em breve" Seul.

Moon não forneceu mais detalhes sobre a viagem durante um discurso sobre a economia realizado no Parlamento.

O líder da Coreia do Sul já tinha revelado que Kim Jong-un acordara visitar Seul ainda este ano, quando ambos se reuniram em Pyongyang em setembro.

Moon Jae-in também afirmou que se avizinha uma segunda cimeira entre os líderes da Coreia do Norte e dos Estados Unidos, que o Presidente chinês Xi Jinping deve visitar Pyongyang e que Kim Jong-un deve viajar para a Rússia em breve.

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As autoridades indonésias encontraram hoje a caixa negra do avião da Lion Air que caiu na segunda-feira no mar de Java, com 189 pessoas a bordo, avançou a imprensa local.

Canais de televisão no país exibiram imagens das equipas de busca e resgate a retirar o aparelho, um dia depois de terem sido detetados sinais sonoros no mar que as autoridades acreditavam ser da caixa do avião.

O Boeing 737 MAX 8 caiu no Mar de Java apenas 13 minutos depois da descolagem de Jacarta, na Indonésia, matando todas as 189 pessoas que estavam a bordo.

O chefe do Comité Nacional de Segurança nos Transportes indonésio, Soerjanto Tjahjono, afirmou na quarta-feira que um relatório preliminar da investigação do acidente deve ser divulgado dentro de um mês e o documento final entre quatro a seis meses.

No mesmo dia, o Governo indonésio pediu o afastamento de funções do diretor técnico da Lion Air e de vários funcionários da companhia aérea de baixo custo.

"Hoje [quarta-feira] vamos pedir que o diretor técnico da Lion Air seja afastado de funções e substituído por outras pessoas assim como alguns técnicos" que aprovaram a descolagem do Boeing 737, disse aos jornalistas o ministro dos Transportes, Budi Karya Sumadi.

O avião estava ao serviço da companhia aérea indonésia há poucos meses e tinha registado um problema técnico no voo anterior que, segundo o diretor da empresa, tinha sido resolvido.

O aparelho fazia a ligação entre Jacarta e Samatra despenhou-se no mar de Java minutos depois de ter levantado voo, tendo emitido uma autorização para regressar ao aeroporto da capital da Indonésia.

Ainda não se conhecem os motivos do acidente.

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O Presidente angolano, João Lourenço, decretou hoje mudanças nas administrações da Televisão Pública de Angola (TPA) e da agência noticiosa ANGOP, bem como do grupo editorial que controla o Jornal de Angola, três empresas estatais de comunicação social.

Segundo um comunicado da Casa Civil do Presidente da República, enviado hoje à Lusa, na TPA foram exonerados de funções Bidima Mateya Jorge (administrador executivo para a Área Financeira), Leonel da Conceição Abel Martins e António Baptista (ambos administradores não executivos) e nomeados Rui Carlos Cardoso Ramos (administrador executivo para a Área Administrativa e Financeira), José Graça Mendes e Mariana Ribeiro de Carvalho Costa (os dois como administradores não executivos).

No conselho de administração da agência Angola Press (ANGOP) foram exonerados Manuel Luzito André (administrador executivo para a Área Técnica), Lourenço João Miguel Mutepa (administrador executivo para a Área de Marketing e Intercâmbio) e Anastácio Pinto Emídio de Brito e Júlia Maria Dias Rodrigues Mingas (ambos administradores não executivos).

Para os seus lugares, João Lourenço nomeou João Amadeu João Simão (administrador executivo para a Área Técnica), Emanuel Daniel Catumbela (administrador executivo para a Área de Multimédia) e Leona Timóteo Capindissa Graneira e Gaspar Francisco (para cargos de administradores não executivos).

No conselho de administração da Edições Novembro - que publica o Jornal de Angola - foram exonerados Carlos Alberto da Costa Faro Molares D'Abril (administrador executivo para a Área Técnica), Mateus Francisco João dos Santos Júnior (administrador executivo para a Área de Marketing, Publicidade e Vendas) e Catarina Vieira Dias da Cunha e Olímpio de Sousa e Silva (ambos como administradores não executivos).

Para integrarem o conselho de administração da Edições Novembro foram nomeados Rui André Marques Upalavela (administrador executivo para a Área Técnica), Luena Cassonde Ross Guinapo (administradora executiva para a Área de Marketing e Comercialização) e Filomeno Jorge Manaças (administrador não executivo).

A atual composição das administrações destas três empresas estatais de comunicação social tinha sido definida, também por decreto presidencial, em novembro de 2017, já com João Lourenço nas funções de Presidente da República de Angola.

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