Moçambicanos escravizados na RSA: Jovens trabalham em condições desumanas em Pongola, Tongaat e Newcastle
Prevalecem focos de trabalho em condições precárias e desumanas envolvendo jovens imigrantes ilegais moçambicanos na província costeira sul-africana do Kwazulu-Natal.
Fontes da comunidade moçambicana alertaram a TVM em Joanesburgo que há jovens imigrantes que trabalham em condições precárias nas regiões de Pongola, Tongaat e Newscatle.
Ler maisAgência humanitária da ONU alerta para "grande fome" no Iémen
O chefe da agência humanitária das Nações Unidas (ONU), Mark Lowcock, afirmou hoje que existe um "perigo claro e presente" de uma "grande e iminente" fome no Iémen, que pode afetar cerca de 14 milhões de pessoas.
Mark Lowcock afirmou no Conselho de Segurança das Nações Unidas que a fome pode ser "muito maior do que qualquer coisa que algum profissional nesta área viu durante toda a sua vida".
O chefe da agência humanitária declarou ao Conselho de Segurança que a situação "é agora muito mais grave" do que quando alertou para os riscos existentes no Iémen em 2017, devido ao "grande número de pessoas em risco".
Mark Lowcock disse acreditar que a estimativa efetuada o mês passado de que existiam 11 milhões de pessoas a enfrentar "condições de pré-fome" estava errada, explicando que o número será de cerca de 14 milhões, ou seja, metade da população do Iémen.
Ler maisBolsonaro promete "limpar" o Brasil dos "marginais vermelhos"
O candidato à Presidência do Brasil Jair Bolsonaro, fez afirmações incendiárias sobre a esquerda, a alguns dias de uma vitória que parece adquirida, prometendo "limpar" o país dos "marginais vermelhos".
Grande favorito na segunda volta das presidenciais, no domingo, o candidato de extrema-direita garantiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ia "apodrecer na prisão".
Estas afirmações, no domingo, vieram coroar uma campanha marcada por numerosos episódios de violência, designadamente agressões contra jornalistas, homossexuais e militantes anti-Bolsonaro.
O ex-capitão do Exército atacou a esquerda, ao dirigir-se a apoiantes que se manifestavam em São Paulo, através de uma mensagem em vídeo, que foi transmitida em direto a partir da sua casa no Rio de Janeiro.
Nesta ocasião, falou em "limpeza em profundidade", não deixando aos seus opositores de esquerda outra escolha além do exílio ou da prisão.
"Se esse grupo quiser continuar cá, vai ter de se submeter à lei, como todos os outros. Ou saem [do país] ou vão para a prisão. Esses marginais vermelhos vão ser proibidos [de ficarem] na nossa pátria", declarou.
Maurício Santoro, professor de Ciência Política na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), inquieta-se com a dimensão do termo 'vermelhos'.
"Quem são estes vermelhos? Os que não estão de acordo com ele? Todas as pessoas de esquerda, todos os progressistas? É um discurso de incitamento ao ódio por parte de uma corrente política", acentuou.
Bolsonaro sempre utilizou um tom agressivo para se referir aos seus adversários políticos, mas baixou ligeiramente o tom depois de se apurar para a segunda volta das eleições presidenciais, em 7 de outubro.
Esta agressividade acrescida é atribuída à vantagem que as sondagens lhe dão, ao creditá-lo com 59% das intenções de voto atualmente.
"É justamente esta vantagem que explica este tom agressivo. Ele quer utilizar a sua popularidade para fazer passar um programa extremista. Depois de ter sido ridicularizado pela esquerda durante cerca de 30 anos, ele pode agora contra-atacar", sublinhou Santoro.
O seu alvo predileto é Lula, que cumpre desde abril uma pena de 12 anos e seis meses de prisão, por corrupção, tendo sido substituído na corrida presidencial por Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores), após ter sido declarado inelegível.
"Senhor Lula da Silva, se você espera que Haddad se torne presidente para o perdoar, vou dizer-lhe uma coisa, você vai apodrecer na prisão", declarou, na mensagem vídeo.
"Aliás, Haddad vai também [para a prisão]. Não para lhe fazer uma visita, mas para ficar alguns anos consigo (...). Como gosta tanto dele, vocês vão apodrecer os dois na prisão", acrescentou Bolsonaro.
Para André César, analista do gabinete de consultoria Hold, estas afirmações fazem parte do "'kit' habitual" de Bolsonaro e não devem ter impacto nas intenções de voto.
"Isto não muda nada. As posições estão definidas, tanto de um lado como do outro. Mesmo que aconteça alguma coisa de grave, isso não iria mudar um resultado que parece definido", disse.
Mesmo o escândalo do alegado financiamento por empresas de distribuição massiva de mensagens anti-PT através da rede social WhatsApp não parece afetar o candidato da extrema-direita, uma situação denunciada pelo jornal Folha de S. Paulo.
"Nós vamos ganhar esta guerra. Folha de São Paulo: vocês vão deixar de ter direito ao maná publicitário do governo. Somos pela liberdade de imprensa, mas com responsabilidade", ameaçou Bolsonaro.
Ler maisAutoridades explodem pacote suspeito enviado para casa de George Soros
FBI já está a investigar o caso. O multimilionário é frequentemente criticado por grupos de extrema-direita.
A polícia de Nova Iorque afirma que destruiu um pacote suspeito encontrado na casa de George Soros. O incidente aconteceu esta segunda-feira. Um dos empregados de Soros descobriu um pacote suspeito na caixa de correio da sua residência em Westchester County, no estado de Nova Iorque, e decidiu alertar as autoridades, segundo a BBC. O multimilionário não se encontrava em casa na altura deste incidente.
“Um funcionário da residência abriu o pacote, revelando o que parecia ser um explosivo”, disse um responsável da polícia de Bedford ao New York Times. Uma equipa de especialistas em explosivos levou o pacote para uma zona de mato perto da casa de Soros e detonou-o. O FBI vai investigar o caso.
George Soros, de 88 anos, é um dos alvos preferenciais das críticas de grupos de extrema-direita por ser um apoiante de causas liberais e por ser visto como um manipulador da democracia. O empresário já gastou milhares de milhões de dólares para financiar projetos de direitos humanos e é um dos principais doadores do partido Democrata.
Soros apoio as campanhas presidenciais de Barack Obama e Hillary Clinton e apelidou Donald Trump de “impostor”.
Ler maisMorreu o Nobel de Química Osamu Shimomura
O químico e biólogo marinho japonês Osamu Shimomura, vencedor do Prémio Nobel de Química em 2008, morreu aos 90 anos de causas naturais, informou hoje a Universidade de Nagasaki.
Shimomura venceu o prémio Nobel de Química em 2008 com os cientistas norte-americanos Martin Chalfie e Roger Tsien pela descoberta e desenvolvimento de uma proteína verde fluorescente a partir dos órgãos fotoluminescentes da medusa 'Aequorea victoria', que contribuiu para os estudos sobre o cancro.
O premiado Nobel de Química nasceu em Kyoto a 27 de agosto de 1928 e estudou em Nagasaki, cidade japonesa onde faleceu na sexta-feira, tendo sobrevivido ao bombardeamento atómico de 09 de agosto de 1945.
Depois de se ter licenciado em química em 1951, mudou-se para a Universidade de Princeton, onde encontrou a proteína a partir de dez mil amostras de medusas na Costa Oeste dos Estados Unidos, uma descoberta revolucionária na área da saúde.
A descoberta permitiu criar uma ferramenta que os investigadores utilizam para rastrear o movimento de moléculas dentro de uma célula.
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