Moçambique diagnosticou 100 novos casos da doença em menos de uma semana
Moçambique regista mais de 100 novas infecções do novo coronavirus, em menos de uma semana, totalizando um cumulativo de 816 casos da doença.
Nas últimas 24 horas, o país testou 919 amostras das quais 28 e oito revelaram se positivas.
Apesar de várias medidas adoptadas pelo governo visando conter a onda de propagação do novo coronavirus, o número de infecções revelam o contrario.
São dados referentes as últimas vinte 24 horas onde houve registo de um óbito, que apesar de ter acusado positivo, morreu por outra doença conforme explica Rosa Marlene.
O instituto nacional da saúde garante haver número suficiente de testes laboratoriais para responder o crescente índice de infecções, e há projecção do pais receber mais meios de detenção molecular da doença.
Das oitocentas e dezasseis ocorrências da covid-19, setecentos e quarenta e seis são de transmissão local e as restantes setenta importadas.
Ler maisA primeira Lei Mãe de Moçambique não foi cópia da Constituição de Portugal
Os 45 anos da Independência Nacional coincidem com quatro décadas e meia da construção da cidadania e identidade moçambicanas assentes na Constituição de 1975.
Um dos membros da comissão que redigiu a primeira constituição da República diz que a Lei mãe não é e nunca foi uma cópia da constituição portuguesa.
José Óscar Monteiro foi o orador principal da mesa redonda organizada pelo Conselho Constitucional, com o tema as Fontes da Primeira Constituição da República.
Óscar Monteiro participou nas negociações públicas e confidenciais sobre os Acordos de Lusaka e integrou o grupo que produziu a primeira constituição.
Monteiro assegura que a experiencia de administração das zonas libertadas, que visava o estabelecimento do poder popular e os Acordos de Lusaka, foi fundamental para a criação de um quadro institucional no qual surgiu o Estado novo.
Rui Baltazar, primeiro Presidente do Conselho Constitucional, defende que, depois da independência, Moçambique conseguiu se impor como estado de direito. Por isso deve se atribuir mérito ao grupo de homens e mulheres que conseguiram evitar um vazio legal num momento crucial de afirmação da nação moçambicana.
No debate ficou consolidada, a teoria de que a primeira assembleia Constituinte só foi estabelecida em Moçambique, com a criação da Assembleia Popular. Alguns participantes, defenderam que o país deve aproveitar a experiencia de administração descentralizada das zonas libertadas, para criar um novo constitucionalismo baseado na administração descentralizada, mas que responda as vontades do povo e não dos partidos políticos.
Ler maisChissano diz que ataques terroristas são outra calamidade
O ANTIGO Presidente da República, Joaquim Chissano, considera os ataques terroristas que se registam na província de Cabo Delgado uma verdadeira pandemia, que se junta à Covid-19, cuja solução carece do engajamento urgente de todos os segmentos da sociedade moçambicana.
“Agora, no nosso país, temos um outro tipo de pandemia, a qual nós devemos combater. Devemos estar unidos contra essa pandemia e não deixar que os terroristas recrutem jovens”, disse Chissano, que falava em entrevista à Rádio Moçambique (RM), por ocasião do 45.º aniversário da independência nacional.
Sublinhou ainda que os terroristas são “um outro vírus”, um “vírus humano”, que mata. “Eu considero que o terrorismo é uma pandemia, cujo vírus é o Homem. Temos de encontrar uma maneira de combater este vírus humano”, acrescentou.
Chissano citou como exemplo o facto de os órgãos de informação noticiarem a ocorrência de alguns casos de morte pela pandemia da Covid-19 que, actualmente, afecta o mundo inteiro.
“Eu estava a escutar informações, noutro dia, e diziam que a Covid-19 matou mais uma pessoa. Já temos pessoas mortas pela Covid-19. Mas, ao mesmo tempo, estava a ouvir que, num único ataque, os terroristas tinham morto mais de 50 pessoas. Num único ataque, temos mais 50, mais 15, mais 20, mais 50 mortos pelos terroristas”, deplorou o antigo estadista.
Por isso, defende que todos os cidadãos devem estar em estado de alerta máximo e não pensarem que os terroristas de Cabo Delgado não vão chegar a Maputo ou outras regiões do país.
“Da mesma maneira que foram criados em Cabo Delgado, os terroristas podem ser criados em qualquer lugar. E não há-de faltar a vontade deles de recrutar. Quem sabe se estão, neste momento, recrutando? Então, devemos ter cautelas”, advertiu.
…. e adverte sobre inobservância
das medidas de prevenção
O COMBATE à pandemia da Covid-19 poderá ser um processo “muito penoso” se cada cidadão não fizer a sua parte na observância das medidas decretadas pelo Governo e autoridades da saúde para travar a propagação da doença.
Segundo o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, não existem razões para o fracasso, pois a maioria dos cidadãos estão cientes daquilo que deve ser feito para evitar a disseminação da Covid-19.
Disse que o próprio Presidente da República, Filipe Nyusi, tem repetido, insistentemente, sobre a necessidade da observância dos melhores métodos de prevenção. É uma pandemia que afecta os países no mundo inteiro.
“Portanto, é um combate mundial contra o vírus. Devo dizer que já houve outras endemias, e vimos que, com o combate correcto, passam. Penso que esta também vai passar. Mas, para passar mais depressa, é preciso cumprirmos essas regras que nos são exigidas”, disse Chissano, que falava hoje na Praça dos Heróis Moçambicanos.
Advertiu que desde o registo do primeiro caso da Covid-19, a 22 Março último, cinco pessoas já morreram, um número que poderá subir se não houver observância das recomendações.
“É claro que é assustador. Se não tomarmos cuidado, esse número pode subir rapidamente, porque a multiplicação desta doença é rápida, e passa de um indivíduo para o outro, sem se aperceber”, observou.
Citou algumas fontes de transmissão, mesmo dentro de casa, tais como o corrimão de escadas ou cadeiras onde sentam muitas pessoas, entre outras.
Entre os aspectos que consubstanciam o incumprimento das medidas de prevenção, o Governo aponta o desrespeito do distanciamento interpessoal de pelo menos um metro e meio, uso obrigatório de máscaras de protecção facial em aglomerados populacionais, lavagem frequente das mãos e permanência fora de casa, desnecessariamente.
Estatísticas do Ministério da Saúde indicam que Moçambique regista um cumulativo de 757 casos positivos, sendo 687 de transmissão local e 70 importados. Deste número, 206 pacientes são recuperados.
45 anos da Independência Nacional: Cigeni faz últimos ensaios para acto de estado na praça dos heróis nacionais, em Maputo
O Primeiro-Ministro considera que, 45 Anos depois da independência, o grande desafio do país é o aumento da produção, melhoria de Infra-estruturas e acesso a água potável e energia eléctrica.
Já o antigo presidente da República, Joaquim Chissano, reconhece que este não é o Moçambique sonhado, pelos libertadores da pátria, mas é o possível e o conquistado com sacrifício.
Incêndio no Mercado de Xipamanine causa prejuízo de dois milhões
Um incêndio de grandes proporções consumiu na noite de segunda-feira sete barracas de venda de produtos diversos no Mercado de Xipamanine, causando aos proprietários prejuízos avaliados em mais de dois milhões de meticais. As chamas reduziram a cinzas produtos como arroz, açúcar, feijão, mayoneses, cosméticos e outros comercializados e armazenados naqueles estabelecimentos.
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