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O Papa Francisco reafirmou hoje que os responsáveis políticos

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O Presidente venezuelano declarou, na quarta-feira, estar orgulhoso desta fase de diálogo com a oposição e insistiu que ambas partes concordaram, em Oslo, serem "muito prudentes" sobre as negociações.


"Chegámos a um acordo para ser muito prudentes e respeitamos essa prudência (...) Estou orgulhoso da delegação que temos na Noruega e de estarmos em fase de diálogo construtivo com a oposição venezuelana (...) acredito que o caminho é a paz, o diálogo, o entendimento", disse Nicolás Maduro.

 

O chefe de Estado venezuelano falava durante uma intervenção transmitida pela televisão estatal venezuelana, durante a qual explicou que terminou o segundo encontro de diálogo com a oposição e que esteve em comunicação durante os três dias que durou.

 

"Custou muito chegar à Noruega. Tivemos vários meses de conversações secretas, prudentes, e devem continuar assim, prudentes. Foram vários meses até que há dez dias chegámos à Noruega", disse.

 

Maduro sublinhou ter o apoio "do povo chavista, revolucionário, bolivariano e das Forças Armadas Bolivarianas" para estes diálogos de paz.

 

"Tenho sondagens nas mãos, mais de 80% do povo da Venezuela apoia os diálogos de paz entre o governo bolivariano e a oposição (...) Apenas uma minoria apoia um golpe de Estado, só uma minoria está a pedir uma invasão 'gringa' [norte-americana]", acrescentou.

O Presidente da Venezuela sublinhou que "nem golpe nem invasão. Aqui, serão impostos a paz, o diálogo, a concórdia, a harmonia, o entendimento".

Por outro lado, Maduro agradeceu à Noruega pelos esforços para conseguir reunir o Governo e a oposição.

 

Pela segunda vez, no espaço de algumas semanas, as delegações dos dois campos reuniram-se para conversações destinadas a encontrar uma solução para a crise política que se prolonga há vários meses na Venezuela.

 

A crise política no país agravou-se em 23 de janeiro, quando o opositor Juan Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino, prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.

 

Na madrugada de 30 de abril, um grupo de militares manifestou apoio a Guaidó, que pediu à população para sair à rua e exigir uma mudança de regime, mas não houve desenvolvimentos na situação até ao momento.

 

Nicolás Maduro, de 56 anos e no poder desde 2013, denunciou as iniciativas do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderado por Washington.

À crise política na Venezuela soma-se uma grave crise económica e social, que já levou três milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, de acordo com dados das Nações Unidas.

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Um tribunal de Bagdad condenou hoje à morte um cidadão tunisino e um francês, o sétimo em quatro dias, por envolvimento no grupo extremista Estado Islâmico.

"Arrependo-me de ter integrado o Estado Islâmico", afirmou o condenado, segundo o repórter da France-Presse, que acompanhou a leitura da sentença.

 

"Fui para a Síria porque estava revoltado e pensava que o Estado islâmico era o grupo mais fiável. Hoje sei a verdade sobre o Estado Islâmico e já não tenho nada com essa organização", acrescentou.

 

Mohamed Berriri esteve preso na Síria, tendo sido transferido para o Iraque em janeiro num grupo de 11 extremistas de origem francesa capturados em território sírio.

 

Hoje, o mesmo tribunal condenou à morte o francês Yassine Sakkam por ter pertencido ao Estado Islâmico, tratando-se do sétimo cidadão francês a ser condenado à pena capital nos últimos quatro dias, em Bagdad.

 

"Eu reconheço que fiz parte (do Estado Islâmico). Eu tinha um salário de 70 dólares mensais", disse Sakkam, 29 anos que pediu perdão ao "Estado iraquiano e às vítimas".

 

Tal como os seis outros franceses condenados por ligações ao Estado islâmico os dois homens sentenciados hoje têm 30 dias para apresentar recurso.

 

O advogado de Léonard Lopez, um dos condenados à morte de origem francesa confirmou à AFP que vai apresentar recurso.

 

De acordo com a lei iraquiana, a participação em organizações "terroristas" -- em combate ou não -- é passível de condenação à morte.

 

Grupos de defesa de direitos humanos denunciam os "riscos de tortura" aos prisioneiros no Iraque assim como questionam a "realização de processos justos" no 12º país mais corrupto do mundo.

 

Bagdad já condenou à morte mais de 500 estrangeiros acusados de pertencerem ao Estado Islâmico, homens e mulheres, mas até ao momento nenhum foi executado.

A questão relacionada com estes prisioneiros lança em vários países o debate sobre o eventual repatriamento dos condenados aos Estados de origem, como a França, onde ao mesmo tempo é rejeitada a pena de morte.

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