Incêndio destrói instalações que fornecem gás natural à Península Ibérica
Um incêndio de grandes dimensões destruiu grande parte das instalações
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Ler maisTrump pede paciência perante crise da Venezuela em encontro com Bolsonaro
"As coisas levam tempo. Estamos do lado do povo da Venezuela", disse Trump no início da sua reunião com Bolsonaro durante a cimeira do G20 na cidade japonesa de Osaka.
O presidente referia-se à estagnação da estratégia dos EUA na Venezuela, depois de há cinco meses Donald Trump ter reconhecido como o presidente legítimo o líder da oposição Juan Guaidó.
Donald Trump e Jair Bolsonaro "renovaram o seu compromisso de apoiar o povo venezuelano nos seus esforços para recuperar a democracia e liberdade", disse a Casa Branca num comunicado após a reunião.
O presidente dos EUA também falou sobre a Venezuela quando se encontrou com seu colega russo, Vladimir Putin, que apoia Maduro, mas a Casa Branca não quis dar detalhes sobre a conversa.
Este foi o segundo encontro entre Trump e Bolsonaro.
"[Bolsonaro] é um homem muito especial, ele está muito bem. O povo do Brasil gosta muito dele", disse Trump.
"Iremos ao Brasil", acrescentou o Presidente, que desde que chegou ao poder em 2017 só visitou um país da América Latina, a Argentina, e disse estar "ansioso" para viajar para o país de Bolsonaro.
Trump disse que os laços com o Brasil estão "mais próximos que nunca" e atribuiu em parte à vitória eleitoral de Bolsonaro no ano passado e ao seu "relacionamento" com o Presidente dos Estados Unidos.
Por sua vez, Bolsonaro lembrou que admira Trump "por um longo tempo, mesmo antes da sua vitória eleitoral em 2016".
O encontro entre os dois ocorreu numa momento chave para a guerra comercial entre os EUA e a China, e um dia antes de Trump se encontrar em Osaka com o presidente chinês Xi Jinping.
A China é o principal destino das exportações brasileiras e Bolsonaro também pretende reunir-se com Xi Jinping em Osaka para resolver a tensão gerada em Pequim pela aliança entre Trump e o líder brasileiro.
A cimeira do G20 que decorre em Osaka, no Japão, entre hoje e domingo, será palco para uma tentativa de distensão no Médio Oriente, depois de o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que presidirá ao encontro, ter afirmado na quarta-feira que pretende ajudar a procurar consensos entre as partes.
Criado em 1999, o G20 integra os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo e da UE.
Ler maisSupremo Tribunal recusa primeiro pedido para libertar Lula da Silva
O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil negou esta terça-feira um primeiro pedido do antigo Presidente Lula da Silva para a sua libertação, tendo iniciado a análise de um segundo recurso que pede a suspensão da condenação do ex-chefe de Estado.
O julgamento dos dois 'habeas corpus' foi adiado pelo segundo juízo do STF, mas voltou à agenda após o juiz Gilmar Mendes e os advogados de Lula da Silva terem questionado no início da sessão.
Lula da Silva foi condenado em 12 de julho de 2017 a nove anos e seis meses de prisão no caso do apartamento de Guarujá, no Estado de São Paulo, que alegadamente recebeu como suborno de uma construtora.
A decisão de primeira instância foi do juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça. Moro era à data responsável pela operação Lava Jato, a maior investigação de combate à corrupção da história do Brasil.
Em janeiro do ano passado, a condenação de Lula da Silva foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, tribunal de segunda instância, que aumentou a pena para 12 anos e um mês de prisão.
Em 23 de abril deste ano, os juízes do Superior Tribunal de Justiça brasileiro decidiram, de forma unânime, reduzir a pena do ex-Presidente, de 12 anos e um mês para oito anos, 10 meses e 20 dias de prisão, pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais.
Atualmente, Lula da Silva cumpre pena em regime fechado, na sede da Polícia Federal em Curitiba, por corrupção passiva e branqueamento de capitais.
Esta terça-feira, o primeiro recurso da defesa do ex-Presidente brasileiro pedia a sua libertação e que fosse anulada uma decisão individual do juiz Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que negou o pedido dos advogados nesse sentido.
Os juízes Edson Fachin, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cármen Lúcia negaram este primeiro 'habeas corpus'. Já o magistrado Ricardo Lewandowski votou a favor da anulação do julgamento de Lula da Silva, mas acabou vencido.
Após negar o primeiro pedido dos advogados do antigo chefe de Estado brasileiro, os magistrados do STF começaram a julgar um segundo 'habeas corpus'.
Neste recurso, a defesa pede a suspensão da condenação de Lula da Silva imposta pelo ex-juiz Sérgio Moro.
Os advogados de Lula da Silva alegam que faltou imparcialidade a Moro na condução deste processo.
Ler maisConselho Europeu busca hoje acordo difícil sobre nova liderança da UE
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão tentar chegar hoje, em Bruxelas, a um acordo sobre quem liderará a Europa nos próximos cinco anos, mas o compromisso, embora urgente, afigura-se difícil.
O objetivo declarado é chegar a acordo este mês, antes da sessão inaugural do 'novo' Parlamento Europeu resultante das eleições de maio, que terá lugar em Estrasburgo de 02 a 04 de julho próximo, pois a assembleia deverá eleger o seu novo presidente, e este é um dos 'altos cargos' que é suposto ser negociado 'em pacote', juntamente com as presidências da Comissão Europeia, do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e ainda o cargo de Alto Representante para a Política Externa, de modo a serem respeitados os necessários equilíbrios (partidários, geográficos, demográficos e de género).
Na carta-convite endereçada na quarta-feira aos líderes, o presidente do Conselho Europeu insistiu por isso na importância de se chegar a um entendimento já hoje, embora admita que pôde constatar, pelos múltiplos contactos que tem desenvolvido, que subsistem "visões diferentes e interesses diferentes".
A tarefa, já tradicionalmente árdua, de chegar a um entendimento sobre a distribuição dos cargos, é este ano ainda mais complexa, em função dos resultados das eleições europeias, que ditaram o fim da hegemonia do Partido Popular Europeu (PPE) e dos Socialistas Europeus na assembleia, sendo a nova legislatura a primeira desde que há eleições diretas, em 1979, em que as duas maiores forças políticas europeias não têm, em conjunto, uma maioria no hemiciclo.
Agora, a chamada "grande coligação" necessita agora de outros parceiros pró-europeus, designadamente os Liberais (com o 'reforço' francês Emmanuel Macron), que também reclamam um posto para si.
Por outro lado, o Conselho Europeu, onde têm assento os chefes de Estado ou de Governo dos 28, também se encontra atualmente muito dividido, com sete líderes do PPE (eram nove, mas o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, está atualmente suspenso, e o chanceler austríaco, Sebastian Kurz 'caiu'), seis dos Socialistas (a que em breve se poderá juntar um sétimo, face à vitória na Dinamarca), oito dos Liberais (incluindo já Macron) e sete 'não alinhados' com qualquer das três grandes famílias.
Como sempre, a presidência da Comissão Europeia -- o verdadeiro 'governo da UE, e há 15 anos consecutivos na posse do PPE (José Manuel Durão Barroso teve dois mandatos, entre 2004 e 2014, antes de Jean-Claude Juncker) -, é o cargo mais apetecido, e o PPE volta a reclamá-lo, dado ter vencido as eleições europeias, mas PSE e Liberais têm sido categóricos na recusa do nome em que os conservadores insistem, o alemão Manfred Weber.
Além dos cargos, os chefes de Estado e de Governo vão aprovar hoje -- e isso é seguro -- a agenda estratégica da UE até 2024, que a nova liderança da União deverá conduzir.
Para sexta-feira está agendada uma cimeira do euro, para análise dos tímidos avanços alcançados pelos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) no aprofundamento da União Económica e Monetária, designadamente no desenvolvimento de um instrumento orçamental próprio para a competitividade e convergência na zona euro.
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