que o número de mortos subiu para pelo menos 35, num momento em que os militares, no poder, prometeram convocar eleições dentro de nove meses.
O anterior balanço apontava para 30 mortos.
O número aumentou após ter sido contabilizada a morte de cinco pessoas no distrito de Bahri, na capital do país, Cartum, havendo ainda a registar centenas de feridos após uma ação militar sobre manifestantes que estavam acampados junto ao quartel-general do Exército a exigir a transferência de poder para uma autoridade civil.
As forças armadas que governam o Sudão desde 11 de abril anunciaram o cancelamento do acordo que havia sido alcançado com os manifestantes e prometeram convocar eleições no prazo de nove meses.
O Conselho Militar de Transição "decide parar de negociar com a Aliança para a Liberdade e Mudança", que lidera o protesto, "para cancelar o que foi acordado e realizar eleições dentro de nove meses ", disse o chefe do Conselho, general Abdel Fattah al-Burhane, num comunicado transmitido pela televisão oficial sudanesa.
O Reino Unido e a Alemanha pediram na segunda-feira uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Sudão, que deverá realizar-se hoje.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou o uso excessivo da força pelas autoridades sudanesas contra os manifestantes.
Também a França e os Estados Unidos condenaram a repressão que consideraram "brutal".
Os manifestantes estavam acampados desde o início de abril, primeiro para exigir a saída de Omar al-Bashir do poder e depois que os generais entregassem o poder a um Governo civil.