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Arranca já em finais de Junho próximo, a construção da maior unidade agro-industrial do país, com cadeia de valor completa, para a produção massiva de frangos e ovos.

O complexo que vai empregar mais de cinco mil e quinhentas pessoas estará localizado no distrito de Gurue, província da Zambézia. Trata-se de um investimento de 10 milhões de dólares já disponibilizados pelo governo moçambicano e o Banco Africano de Desenvolvimento.

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A construção do complexo agro-industrial de produção de frangos e ovos em Gurue, acontece numa altura em que o cultivo da soja regista um aumento significativo com cada vez maior envolvimento dos sectores familiar e privado.

Este ano, Gurue vai comercializar mais de 44 mil toneladas de soja significando um aumento de seis por cento em relação ao resultado da campanha anterior.

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Moçambique poderá beneficiar de um reforço de financiamento para o aumento da produção de carnes vermelhas, hortícolas e mandioca, no âmbito do Projecto de Desenvolvimento de Cadeias de Valor nos Corredores de Maputo e Limpopo/PROSUL.

A garantia foi dada pelo Presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola/FIDA, Gilbert Houngbo, depois de visitar duas unidades de produção na província de Maputo.

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A carteira da dívida pública de Moçambique está a evoluir para um cenário de maior risco, com pagamentos mais rápidos e taxas de juro mais elevadas, alertou ontem o Ministério das Finanças, no Relatório de Riscos Fiscais.

 

“A carteira da dívida está a mudar de forma rápida para um cenário de maior risco, menor maturidade (quatro anos) e maiores taxas de juros (18%)”, lê-se no documento que foi ontem disponibilizado na página do Ministério das Finanças.

 

O relatório, com 34 páginas, passa em revista os principais riscos para a evolução económica do país, ainda antes de os ciclones Idai e Kenneth terem feito centenas de mortes na zona centro e norte do país, agravando os dados económicos e as previsões deste relatório, datado de Dezembro do ano passado e disponibilizado hoje no site das Finanças.

 

"A dívida pública, incluindo as garantias e avales, apresenta uma trajectória de crescimento acima dos indicadores de sustentabilidade recomendáveis para países de baixa renda, lê-se no documento, que dá conta de que “nos últimos quatro anos esta aumentou de 94,9% do PIB (Produto Interno Bruto), em 2015, para 127,2%, em 2016, 101% em 2017 e 107% em 2018” e que o custo de suportar a dívida cresceu quatro vezes.

 

“Nos últimos três anos o serviço da dívida - os juros e as amortizações - cresceu de 3,6% para 12,6% do PIB, entre 2015 e 2018”, acrescenta o Executivo, explicando que “a queda significativa no rácio da dívida face ao PIB entre 2016 e 2017 correspondeu ao efeito combinado da depreciação cambial do metical e da sobre-estimação do stock da dívida nesse ano, que assumia a implementação do projecto da ENH (projecto Coral), que ficou adiado para anos subsequentes”.

 

Estes dados, conclui o Ministério das Finanças, configuram “um risco que requer monitoria constante em 2019”, alertando, por último, para a “concentração de pagamentos em períodos específicos, o que pode colocar uma pressão na tesouraria pública” neste e no próximo ano.

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O GOVERNO acaba de aprovar a exploração conjunta, pelas concessionárias, dos depósitos de gás natural que atravessam a delimitação das áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.

 

As partes, nomeadamente os consórcios liderados pela Anadarko e Eni, chegaram a entendimento a 23 de Novembro de 2015, mas a operação carecia da chancela do Conselho de Ministros, que só foi dada na 16.ª sessão realizada esta terça-feira.

 

De acordo com a porta-voz do órgão, nos chamados depósitos transzonais foram descobertos enormes volumes de gás natural avaliados em 180 triliões de pés cúbicos.

 

Falando no briefing pós-sessão, Ana Comoana explicou que o Conselho de Ministros validou o acordo entre as partes tendo em conta as vantagens identificadas pelas concessionárias, de promover o desenvolvimento de operações conjuntas em regime de parceria.

 

Entre os ganhos, a fonte apontou a maximização da eficiência técnica e tecnológica das operações a serem desenvolvidas, bem como a racionalização dos custos operacionais.

 

A parceria vai ainda propiciar a partilha equitativa dos recursos naturais e permitir a redução da área necessária para implantação do projecto, uma vez que cada companhia não terá de estabelecer os seus próprios equipamentos.

 

Ainda na sessão da terça-feira, o Conselho de Ministros aprovou outros dois decretos relativos àextracção do gás natural na Bacia do Rovuma.

 

Trata-se de um que confere conformidade entre o segundo acordo complementar da área 4 de 2006 e a Lei de Petróleos, aprovada em 2014.

 

Outro dispositivo é o plano de desenvolvimento inicial autónomo e coordenado de 12 triliões de pés cúbicos de gás natural da Área 4. A aprovação deste plano vai permitir, segundo Ana Comoana, a construção, instalação e utilização de poços submarinos, sistema de produção e controlo submarinos, linhas de escoamento, tratamento terrestre de gás natural e ainda o armazenamento e carregamento dos recursos extraídos dos depósitos que atravessam a delimitação das áreas 1 e 4.

 

Inclui-se aqui o fornecimento de 500 milhões de pés cúbicos de gás natural para o mercado doméstico.

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