DESPORTO

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O tratado deverá ser assinado antes do fim do ano.

As Coreias do Norte e do Sul vão assinar um tratado para acabar formalmente a Guerra da Coreia, no fim deste ano, 65 anos depois de as hostilidades terem terminado.

A medida foi anunciada pelos dois países numa declaração conjunta esta sexta-feira, refere a CNN, que afirma que o documento se chamará 'Declaração para a Paz, Prosperidade e Unificação da Península Coreana' e será assinado antes do fim do ano.

Segundo o comunicado "os dois líderes declaram solenemente que não haverá mais guerra na Península Coreana e que uma nova era de paz vai começar".

A Guerra da Coreia terminou em 1953 num impasse, depois do qual foi assinado um armistício, mas nunca foi seguido de um Tratado de Paz, o que fazia com que os dois lados ainda estivessem tecnicamente em guerra.

Kim Jong-un e Moon Jae-in acordaram também tomar medidas para a "completa desnuclearização" da península coreana, durante a histórica cimeira realizada na fronteira entre os dois países.

"O Sul e o Norte confirmaram a sua meta comum de conseguir uma península livre de armas nucleares através da completa desnuclearização", refere a declaração conjunta, assinada por ambos os líderes no final da cimeira.

O Presidente da Coreia do Sul anunciou ainda que vai visitar a Coreia do Norte no outono deste ano.

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sexta-feira, 04 maio 2018 16:45

Quem foi Afonso Dhlakama?

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Afonso Dhlakama liderou a Renamo desde a morte de André Matsangaíssa, fundador do movimento, em 1979.

Dhlakama tornou a Renamo no maior partido da oposição e morre numa altura em que estava a alcançar consensos com o Presidente da República Filipe Nyusi, em torno da descentralização e dos assuntos militares que compreendem o Desarmamento, a Desmobilização e a Reintegração dos homens armados da Renamo.

Jovem soldado das Forças Armadas de Defesa de Moçambique em 1975, Afonso Dhlakama viria a abandonar o exército governamental para se juntar em 1976 a Resistência Nacional de Moçambique, RNM, o movimento armado criado com o apoio do regime minoritário da então Rodésia do Sul. Após a morte de André Matsangaissa em combate e depois de uma luta pela sucessão, Dhlakama tornou-se Presidente do Movimento de oposicao ao Governo da Frelimo.

A guerra entre a Renamo e o exército governamental durou 16 anos durante os quais Dhlakama se manteve a liderar a Guerrilha. Nos finais da década de 80, Dhlakama negoceia o fim da Guerra, tendo assinado após longo período de conversações em Roma na Itália, o acordo geral de paz com o Presidente Joaquim Chissano a 4 de Outubro de 1992, um acordo que pos fim a guerra de 16 anos e destruiu a economia e infra-estruturas, tendo provocado a morte de milhares de civis.

Desde 1992, a Renamo passou a ser um partido político. Afonso Dhlakama concorreu às primeiras eleições gerais presidenciais mas só obteve 33,7% dos votos contra 53,3 de Chissano. Em Dezembro de 1999 Dhlakama voltou a concorrer e perdeu novamente para Chissano. Dhlakama e o seu partido contestaram as eleições e cerca de um ano depois, em Novembro de 2000, a Renamo organizou manifestações violentas pelo país. Apesar da retoma do diálogo com o Presidente Joaquim Chissano no inicio de 2001, Dhlakama reafirmou que não reconhecia Chissano como Presidente da República de Moçambique e solicitou a recontagem dos votos nos quais havia perdido por uma margem mínima de 200 mil votos.

Em Novembro de 2003, a Renamo perdeu novamente para a Frelimo e Dhlakama solicitou mais uma vez ao Conselho Constitucional a impugnação dos resultados alegando irregularidades no processo eleitoral autárquico, razoes que evocaria nas derrotas presidenciais de 2004 e 2009 para Armando Guebuza.

A falta de consensos no diálogo com o Presidente Armando Guebuza, levou Afonso Dhlakama a abandonar a capital do país para se instalar em Nampula e de seguida para Santunjira, localidade de Vunduzi, distrito de Gorongosa, na Província de Sofala. Afonso Dhlakama ameaçou dividir o país, e a Renamo protagonizou ataques armados no centro do país, sobretudo ao longo da Estrada nacional numero 1.

O ataque das forças governamentais ao quartel-general da Renamo em Santunjira, levaram Dhlakama a refugiar-se num local incerto. Após um período de incertezas, Afonso Dhlakama reapareceu em público, recenseou-se e anunciou que iria concorrer para as eleições de 2014. As eleições tiveram lugar a 15 de Outubro de 2014 e Dhlakama voltou a perder desta vez para o candidato da Frelimo, Filipe Nyusi. Mais uma vez, Dhlakama contestou os resultados e anunciou que iria governar nas províncias onde o partido tinha ganho nas legislativas. Após três atentados contra a sua vida a 12 de Setembro de 2015, a 25 de Setembro do mesmo ano e a 02 de Outubro de 2015, Dhlakama aceitou o diálogo com o Presidente Filipe Nyusi. Durante mais de um ano, as conversações não registaram avanços e o Presidente Filipe Nyusi anunciou um novo modelo de diálogo mais directo com Afonso Dhlakama.

Após um ano de diálogo, o Presidente Filipe Nyusi deslocou-se por duas vezes a Gorongosa para acertar os pontos sobre a descentralização. Em 2017, foram anunciados consensos no diálogo e o pacote de descentralização foi submetido ao Parlamento pelo Presidente da República.

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O Presidente do Conselho Superior da Comunicação Social, Tomás Vieira Mário, considera que a morte de Afonso Dlhakama é um momento histórico para que a Renamo use das capacidades e coesão interna, visando se reorganizar, para a escolha da nova liderança do partido.

Para Tomás Vieira Mário, a Renamo tem agora uma oportunidade histórica de continuar com a condução do processo de paz, sem o líder e, sem perturbar o processo que já estava encaminhado.

Tomás Vieira Mário, um dos jornalistas que cobriu as negociações de Roma para a paz em Moçambique, refere estar lançado o desafio para que a Renamo desencadeie processos internos que não desorientem o curso do diálogo que estava em curso entre Afonso Dlhakama e o Presidente da República Filipe Nyusi.

O processo da desmilitarização é para Tomás Vieira Mário, uma das questões chave que deverá merecer uma abordagem coesa mesmo sem Afonso Dlhakama.

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Com a morte do líder da Renamo, estão em aberto possibilidades complexas para o cenário político do país, inclusive de ameaça à paz.

Segundo os analistas do Quinta à Noite de ontem, programa televisivo da TVM, a razão é que os detalhes da última fase do diálogo político só eram conhecidos pelo Presidente da República e o próprio Afonso Dhlakama.

O Pacote da Descentralização já está no Parlamento moçambicano, mas faltava ainda a questão da desmilitarização e reintegração dos homens nas Forças de Defesa e Segurança, um dos aspectos cruciais nas negociações.

 Os analistas defendem que para salvaguardar o rumo que já se seguia com vista a paz, a sucessão de Afonso Dhlakama deve ser pensada de forma cautelosa.

 

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O Presidente da República diz-se profundamente triste com a morte de Afonso Dhlakama, a quem considerava um irmão.

Filipe Nyusi diz estar em agonia por não ter conseguido evacuar o líder da Renamo para receber tratamento médico fora da serra da Gorongosa.

Filipe Nyusi diz que só tomou conhecimento que Afonso Dhlakama estava acometido por uma grave doença nas últimas vinte e quatro horas quando afinal, segundo ele, Dhlakama já se encontrava em estado crítico há uma semana.

O Presidente da República pede para que todos respeitem o momento de dor e não se tente instrumentalizar a morte de Afonso Dhlakama.

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