De acordo com a Polícia, na sua maioria os documentos eram produzidos em benefício de condutores inibidos por várias irregularidades.
Esta é parte do processo de produção de carta de condução provisória falsa, numa residência, na Cidade de Maputo.
“Tivemos a informação que dava conta da existência desta quadrilha. Fizemos o rastreio e chegamos até ao estabelecimento onde eram produzidas estas cartas de condução. O indivíduo que lá estava foi indicando aqueles que lhes forneciam os dados. O seu papel era de alteração de dados. Eram alterados a partir das cópias das cartas legítimas dos indivíduos com inibição” – explica o Porta-voz da PRM na Cidade de Maputo, Leonel Muchina.
Os três jovens, entre 28 e 36 anos de idade, operavam nos Bairros da Malanga e Choupal.
“Estou na parte da edição, há outro que consegue os papéis, o Hilário, ele é que tem o projecto todo, e a empresa pertence aos meus pais” – conta um dos indiciados.
Outro jovem detido diz ter sido usado: “O meu envolvimento nisto é que fui usado para levar um documento que é falso, para tirar de um sítio para o outro, e fui preso lá, ia ganhar 200 Meticais”.
“Estou aqui porque ele diz que eu lhe mandei para fazer uma carta, segundo a versão dele. Mas eu não lhe mandei para fazer a carta. Tenho comprovativos, eu lhe encontrei no INATER” – defende-se o terceiro indiciado.
As cartas de condução provisórias falsificadas eram comercializadas a 1.500 meticais, tal como indica Leonel Muchina: “Muitos dos indivíduos são inibidos, recorrem a vias não legais para reaver as suas cartas, no caso falsificação de cartas provisórias, e envolve três indivíduos desde a aquisição, os que vão angariando essas pessoas na situação de inibição, os intermediários que levam estes documentos e a manipulação dos dados fraudulentos”.
Estão detidos na 18ª esquadra e o equipamento, que era usado para a produção e impressão do falso documento foi apreendido.