As empresas nacionais recorrem ao mercado internacional adquirir matérias-primas, o que encarece o produto final.
No parque Industrial de Beluluane, na província de Maputo, operam 41 fábricas que se dedicam à produção de materiais industriais, com destaque para o alumínio, varões ferro e pneus.
Do conjunto das empresas sobressai a Tyre Corporation, vocacionada à recauchutagem de pneus, que significa transformar pneus velhos em novos.
A empresa é nacional e presta serviços às multinacionais que produzem gás, carvão mineral e grafite. O seu trabalho consiste na manutenção de pneus de grandes equipamentos usados na construção e mineração, tais como, camiões, caterpillars e autocarros.
“Temos tido trabalho quase todos os dias, principalmente, por causa de número reduzido das recauchutagens” – Diz Horácio Manganhela, supervisor de produção.
O número de solicitações tende a crescer em função do surgimento de novas companhias na indústria de petróleo e gás. A empresa recauchuta cerca de 6.500 pneus por ano, no meio de dificuldades impostas pela falta de matéria-prima no mercado nacional.
Moçambique não dispõe de indústrias de borracha, o que obriga as empresas a recorrer ao estrangeiro para aquisição do recurso.
“Nós trazemos muito material da África do Sul porque aqui em Moçambique não há essa linha de borracha para produzir pneus. E é muito difícil porque o nosso camião precisa sair daqui para África do Sul e de lá para cá e as estradas não estão boas” – lamenta o Gestor da empresa, Wayne Smith.
A Tyre Corporation é das poucas industriais no sector de pneus no país. No passado, Moçambique já teve as falidas UFA, MABOR e FACOBOL que produziam borracha e pneus para o mercado nacional e exportação.