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segunda-feira, 06 junho 2022 20:28

Empresas sul-africanas financiam vandalização de material eléctrico em Moçambique

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Electricidade de Moçambique já identificou três empresas sul-africanas que reciclam cobre roubado, da rede eléctrica moçambicana.

Segundo o criminalista afecto à EDM, tais empresas precisam cada uma, de quatrocentas mil toneladas anuais de cobre, que além Moçambique, e contrabandeado noutros países da região da SADC.

Uma das provas mais recentes de roubo de cabos de cobre da rede eléctrica nacional, são estas vinte cinco mil e setecentas toneladas do metal que estavam em trânsito para a vizinha África do sul.

Todo este cobre na imagem foi apreendido em Abril, só na província de Maputo.

“Ficamos a saber que tem lá três empresas para reciclagem de material que tem aplicação na rede, principalmente cobre que é o material mais visado, essas fábricas precisam cada uma delas de quatrocentas mil toneladas de cobre. É muita quantidade, a maior parte dos países da SADC sofre este tipo de fenómeno de vandalização, furto de infra-estruturas e o destino final é a África do Sul” – explica o criminalista Dia Balate.

Os custos de vandalizarão de infra-estruturas eléctricas, no primeiro trimestre deste, ano já rondam os cerca de dezasseis milhões de meticais, e há nove detidos, só na região sul do país, a mais afectada neste momento, segundo o Administrador Executivo da EDM, Francisco Inroga.

“Poderíamos ter alimentado cerca de cinquenta mil famílias com o valor perdido, é um retrocesso no processo de electrificação do país”.

As empresas de telefonia móvel também não escapam do flagelo.

A Vodacom tem vindo deste 2015 a registar sabotagem da sua rede, com maior incidência na Província de Tete, onde malfeitores chegam até a derrubar torres para retirar cobre, cantoneiras, baterias de chumbo, entre outros materiais. Este facto é confirmado pelo Director Interino das Operações da Vodacom, Mateus Moiane.

“Das contas que temos estado a fazer, os prejuízos rodam aos cerca de 207 milhões de meticais, valor que seria suficiente para construirmos trinta e cinco antenas”.

Quem também está a registar enormes prejuízos é a empresa Aeroportos de Moçambique.

Desde o ano passado que a pista de aterragem do Aeroporto Internacional de Nacala anda às escuras, e pouco se sabe até quando a situação será ultrapassada.

“No caso concreto de Nacala, registamos um prejuízo de mais de vinte milhões de meticais, um quilómetro de cabo eléctrico foi roubado, ele alimenta as luzes da pista e custa quase um milhão de meticais, Por consequência disso, já não podemos realizar voos nocturnos” – lamenta o Director das Operações da empresa Aeroportos de Moçambique, Acácio Tuende

A vandalização de infra-estruturas de utilidade pública foi esta segunda-feira tema de debate que tem como fim a criação de um fórum nacional para mitigar o problema que tem contribuído para a ineficiência na prestação de serviços ao cliente.

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