Sofala, Inhambane, Gaza e Manica fazem parte do roteiro de pesquisa, por serem consideradas as províncias com elevados índices desse tipo de incidentes.
O país tem vindo nos últimos tempos a relatar casos em que agentes da Polícia da República de Moçambique tiram a própria vida e a dos familiares, com recurso a armas de fogo, na maior parte das vezes.
O mais recente acontecimento deu-se em Sussundenga, Manica, onde um membro afecto à unidade de protecção de altas individualidades, por motivos passionais, matou a esposa e o filho menor e, de seguida, suicidou-se.
A Academia de Ciências Policiais está preocupada com a situação, e já formou equipas de investigação que, a partir da próxima semana, irão analisar de perto as causas, e procurar possíveis soluções.
Sofala, Inhambane, Gaza e Manica são pontos que vão merecer mais atenção nesta primeira fase uma vez que, frequentemente, reportam casos desta natureza, conforme o diz o Reitor da ACIPOL, José Mandra.
“Vamos encontrar as razoes e provavelmente e o ambiente que rodeia o Policia, o seu comando, principalmente porque o policia esta a viver pressão para que cumpra as ordens. Se o comandante da ordens e a pessoa esta em situação de stress, as condições sociais, e mesmo familiares”.
No terreno, o mesmo grupo irá investigar igualmente as causas dos raptos que assolam o país.
“Também vamos ao terreno para estudar o problema, e problema não só de Moçambique, e global, mas nas condições de Moçambique quais são as causas e os autores”.
José Mandra falava, esta quarta-feira, num seminário alusivo aos sessenta anos do Ensino Superior em Angola e Moçambique.
Um seminário em cuja cerimónia de abertura esteve o Ministro de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara.