Inspirado na tradição da zambeziana, terra natal do autor, o romance retrata a história do amor de um povo e os espíritos que interferem no dia-a-dia das pessoas.
“Matoa, a Febre do Batuque” retrata o dia-a-dia dos moçambicanos. Aborda aspectos quotidianos de boa convivência, na medida em que só com união é possível ultrapassar alguns males que se registam no país. Hélder Muteia explica:
“No contexto de um ritual, que é o ritual Matola sabemos que o ritual de Matoa é um ritual temido, mas que a surpresa, é que aconteceu uma história de amor no contexto desse ritual e há toda uma história de resiliência por detrás disso. E é isso que procuro sugerir aos leitores e naturalmente mostrando que no contexto rural há realidades que são nossas, culturais e espirituais, e que influenciam no dia-a-dia a nossa capacidade de fazer frente aos desafios da vida”.
Muitos aspectos contidos na obra de Hélder Muteia reflectem os hábitos culturais e as marcas que identificam o povo zambeziano, terra natal do autor. Quem o diz é António Barros, a personalidade a quem coube apresentar a obra:
“Descobri cada palavra que se apresentava com a sua denotação do seu valor de choque e cada uma me remetia a uma reflexão ousada, ao colocar as mesmas palavras juntas em qualquer das sequências que acabei de referir produziam um efeito ao mesmo tempo surpreendente e avassalador”.
É o nono livro de autoria de Hélder Muteia e foi lançado esta terça-feira, na Cidade de Maputo. Nos próximos dias será lançado nas cidades de Quelimane, Xai-Xai e Nampula.