trimestre deste ano.
Produtos alimentares, bebidas não alcoólicas e transportes foram os que mais sofreram agravamento de preços em todo o país.
O índice de preços no consumidor, produzido pelo Instituto Nacional de Estatística, revela que os maiores centros urbanos do país registaram aumento de preços, com destaque para a Cidade de Nampula com 1,26 por cento, seguida por Beira com 0,59 por cento e Cidade de Maputo com uma percentagem de 0,45.
O aumento teve reflexo directo no bolso do consumidor.
Os munícipes de Maputo falam de uma subida exponencial de produtos de primeira necessidade, com destaque para arroz, açúcar e, sobretudo, o óleo alimentar.
“O óleo está muito caro, mas se é para fazermos dietas e vivermos de coco e amendoim que seja. Na altura comprava 2 litros de óleo a 250, agora está 330 ”, diz a Eunice, uma das citadinas de Maputo.
No mercado, 5 Litros de óleo custam, média, cerca de 800 meticais, contra os anteriores 450. A tendência de subida de preços é generalizada em produtos de mercearia.
Já no Mercado Grossista do Zimpeto o cenário é diferente. Há muita disponibilidade para pouca clientela. Os preços de produtos frescos e hortícolas estão estáveis, com tendência a baixar. Um saco de cebola pode ser adquirido ao preço que varia entre 260 a 320 meticais e a batata ao preço médio de 250 meticais.
Há tomate em abundância, mas aqui a qualidade é que dita o preço.
Publicidade enganosa, como confirma Anabela Langa: “Dizem que tomate está 150 mt, mas estão a mentir. O Tomate está a 580 a 600”.
Outro produto de maior procura na cozinha moçambicana é o coco. Tal como o tomate, este produto registou uma descida acentuada do preço.
“As nossas palmeiras estão a dar muito bem o coco, estão a produzir muito. Uma unidade pode ser comprada a 10 ou 12 meticais ” indica Marcelino, vendedor do Mercado Grossista do Zimpeto.
Todavia e no cômputo geral, houve aumento significativo de preços. A subida está associada a inflação mensal de 0,70 por cento registada, em Março de 2022.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, durante o primeiro trimestre do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 3.34 por cento. As divisões de alimentação, bebidas não alcoólicas e transportes, foram as de maior destaque ao contribuírem no total da variação acumulada com cerca de 1.80 e 0.90 pontos percentuais positivos.