Volvidos três anos de execução, o projecto do desenvolvimento Coral-Sul consistiu num trabalho árduo de abertura de seis poços submarinos que vão alimentar a Fábrica Flutuante de GásNatural Liquefeito que deve começar a produzir gás natural em dois mil e vinte e dois. Cada poço dos seis perfurados tem uma profundidade média de dois mil metros, correspondentes a dois quilómetros.
No local onde será atracada a plataforma os engenheiros instalaram completamente o sistema de ancoragem e os respectivos cabos de suporte. Os técnicos finalizaram ainda a construção das linhas de escoamento do gás, o Sistema do balanço da estabilidade da infra-estrutura também está concluído, e minuciosamente, os engenheiros fizeram os últimos acertos e testes para que nada falhe assim que a imponente unidade fabril que arrancou, esta segunda-feira, estiver nas águas moçambicanas.
A abertura dos poços foi iniciada em dois mil e dezanove e interrompida em dois mil e vinte devido a Covid-19. Com o abrandamento da pandemia, já em dois mil e vinte um, os engenheiros retomaram as actividades que foram finalizados na primeira sema do mês em curso.No centro das operações estiveram, igualmente, envolvidos técnicos e engenheiros moçambicanos.
O investimento do projecto Coral-Sul é na ordem dos 7 biliões de dólares norte-americanos, podendo gerar lucros directos na ordem dos 39.1 biliões dos quais cerca de 19.3 biliões de dólares destinam-se aos cofres do Estado Moçambicano durante o período da vigência do projecto que é de vinte e cinco anos.
Recorde-se que a Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture, uma joint venture incorporada de propriedade da Eni, Exxon Mobil e CNPC, que detém uma participação de setenta por cento no contracto de concessão de exploração e produção da Área.
O consórcio inclui ainda a ENH, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, a Galp Energia Rovuma B.V. e KOGAS Moçambique Ltd….cada uma das três empresas detém dez por cento de interesse participativo. (X)