Permanecem altos os indicadores de insegurança alimentar em Moçambique. Cerca de 24 por cento da população moçambicana enfrenta dificuldades alimentares crónicas. A prevalência da subnutrição é mais grave entre crianças, atinge cerca 43 por cento.
A origem do problema alimentar em Moçambique está bem identificada. Nem tudo o que se produz chega ao prato de quem, realmente, necessita de comida.
As perdas pós colheitas situam-se entre trinta a quarenta por cento. A constatação é do Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, na abertura da terceira sessão do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, CONSAN, órgão consultivo do governo sobre as políticas alimentares em Moçambique.
O défice alimentar está entre as causas da pobreza e da tipologia de doenças mais frequentes em Moçambique.
A União Africana insta os Estados membros a alocarem anualmente, pelo menos, dez por cento do Orçamento do Estado ao sector agrícola.
A política orçamental do governo moçambicano para o sector agrário vai para além da prossecução do objectivo africano. O governo quer assegurar a disponibilidade de alimentos e induzir transformações na agricultura.
Presidido pelo Primeiro-Ministro, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional integra membros do governo, sector privado, sociedade civil e instituições do ensino superior.