O segundo Presidente da República de Moçambique, Joaquim Alberto Chissano, completa esta quinta-feira, 81 anos de vida.
Chissano foi o primeiro presidente saído de uma corrida eleitoral e governou o país, durante 18 anos, entre 1986 a 2004.
Há 81 anos, num dia como hoje, em 1939, nascia Ndambuza. Ndambuza é Joaquim Alberto Chissano, nome de baptismo, na missão de Malehisse, em Gaza, a terra que viu nascer o presidente que mais tempo governou Moçambique.
Depois de concluir a instrução rudimentar, na aldeia natal, Joaquim Chissano veio a Lourenço Marques para prosseguir os estudos, tornando-se no primeiro negro a ingressar no Liceu Salazar, actual Escola Secundária Josina Machel, corria o ano de 1951.
A descriminação que sofreu e a convivência com os outros estudantes africanos despertaram a consciência nacionalista e, no auge da dominação colonial portuguesa, Joaquim Chissano iniciou a carreira política, com uma militância clandestina nos subúrbios de Lourenço Marques.
Em 1961, Chissano viaja a Portugal para estudar medicina, mas a perseguição política obrigou-o a abandonar o curso, refugiando-se na França. Em 1962, segue à Tanzânia. Torna-se um dos membros fundadores da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), movimento que liderou a luta de libertação nacional contra o regime português. Chissano trabalha como secretário do presidente da Frelimo Eduardo Mondlane.
Joaquim Chissano teve um papel fundamental nas negociações de 1974, entre a FRELIMO e o Governo português, que resultaram na independência de Moçambique. Aos 35 anos Chissano assumiu o cargo de Primeiro-Ministro do governo de transição.
Quando Moçambique se tornou independente, a 25 de Junho de 1975, Chissano foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros. Na sequência da trágica morte do Presidente Samora Machel, em 1986, Chissano foi eleito sucessor, tornando-se no segundo presidente do país.
Com a guerra de desestabilização, Chissano inicia um processo de negociação com a Renamo, cujo resultado foi o histórico acordo de paz assinado em Roma, a quatro de Outubro de 1992, orientando Moçambique para um sistema multipartidário e para uma economia de mercado. Venceu as primeiras eleições presidenciais, em 1994, sendo o primeiro chefe de estado moçambicano democraticamente eleito. Foi reeleito em 1999 e permaneceu no poder até 2004. Foram ao todo 18 anos como Presidente de Moçambique.