O Ministério da Saúde anuncia mais 59 infecções pela Covid 19,no país, com a cidade do Maputo a liderar a tendência crescente da curva da epidemia.
As províncias de Maputo, Gaza e Manica apresentam zonas com cadeias de transmissão que já preocupam as autoridades .
Das mil duzentas e noventa e três pessoas testadas nas últimas 24 horas, 59 acusaram positivo para a covid 19 entre elas 57 nacionais e dois estrangeiros.
A doença importada já tem raízes no país, dos novos casos, 46 foram de transmissão local e apenas 13 foram pacientes vindos dos estrangeiros já infectados.
Há nos novos contaminados pessoas de todas as faixas etárias e 39 são do sexo masculino.
Houve registo de mais 33 recuperados e estão internados nos centros de isolamento 16 infectados.
Assim, os cumulativos nacionais apontam para 2914 casos positivos. Destes, 19 pacientes perderam a vida devido a covid 19, outros 2 morreram de outras causas, 1196 estão recuperados e outros 1697 ainda enfrentam o vírus no organismo.
O comportamento da covid em Moçambique é alarmante mas também salientam-se casos a de sucesso na luta contra a pandemia.
Nampula e Pemba, primeiras cidades com contaminação comunitária registam agora o controlo gradual da propagação com a redução do taxa de positividade para menos de 5% contra o pico de 15% anteriormente alcançado.
Entretanto, a cidade do Maputo, terceiro local a confirmar-se infecções comunitárias está com 7% da taxa de positividade, a maior de sempre na capital do país, sendo ainda dada como ascendente e preocupante.
Com o aumento de casos positivos e da taxa de positividade, os distritos de Moamba em Maputo, Chókwe em Gaza e Machaze em Manica colocam as respectivas províncias como novos locais igualmente preocupantes para o sector de saúde.
Em todo o mês de Julho foram diagnosticados no país menos de mil casos, mas em apenas metade deste Agosto já foram confirmados mil e cinquenta novas infecções.
O ritmo da propagação da doença aumenta com a respectiva gravidade que eleva o número de hospitalizações de pacientes que começam a apresentar sintomas contrariando-se o perfil anterior de assintomáticos.
Do isolamento domiciliário de casos já estamos a entrar para os internamentos que em alguns países foram a causa do colapso dos sistemas de saúde.
Em apenas dois dias desta semana, contam-se já mais de cem casos.
O INS diz que não se deve usar o número dos infectados e a taxa de positiovidade para extrapolar para a população nacional de modo a estimar quantos moçambicanos não testados podem estar infectados.
A recusa da inferência estatística deve-se ao facto de os casos até aqui diagnosticados terem sido encontrados em encontrados em grupos com determinado perfil ou características nomeadamente: o ter viajado para um determinado país, o contacto com um caso positivo ou outro tipo de exposição ao vírus e a procura de hospitais devido aos sintomas associados a Covid-19.