Cerca de sessenta e três mil contratos de trabalho, poderão ser suspensos devido a redução da actividade produtiva, no país, situação provocada pelas medidas restritivas impostas pelo governo para conter a propagação da Covid-19.
Com o agravamento da crise provocada pela Covid-19, assiste-se um abrandamento de produção e arrecadação de receitas no sector empresarial do país.
Facto que influenciou no primeiro semestre deste ano a suspensão de trinta mil contractos de trabalho.
De acordo com dos dados apurados, até o final do primeiro semestre do ano em curso, cerca de 30 mil contractos de trabalho haviam sido suspensos e, considerando este ritmo de evolução, estima-se que até o final do ano este numero aumente para 63 mil, o correspondente a aproximadamente 11% da massa laboral empregue no sector privado.
A situação e descrita como grave no sector da industria hoteleira, devido a redução do volume de receitas, o que afectou de forma significativa o fluxo de caixa das empresas e a capacidade de suportar os custos de produção, dos quais o pagamento de salários.
O contínuo crescimento do numero de empregos suspensos, ira se dever, essencialmente, as perspectivas sectoriais que irão caracterizar o segundo semestre do ano. Em termos sectoriais, a hotelaria e turismo regista o maior numero de postos de empregos suspensos, cerca de 40% do total, e espera-se que neste sector, o numero de empregos suspensos continue e aumentar.
A CTA esclarece que apesar de boas perspectivas para os próximos seis meses no sub-sector da restauração, tendo em conta o alivio gradual de restrições, o mesmo não se pode esperar para a área de alojamento e agências de viagens.
A experiência da Europa, que já tem um plano de alívio de restrições em curso, a abertura de fronteiras é das ultimas etapas do desconfinamento. Isso tem implicações nas agências de viagens e nos estabelecimentos de acomodação uma vez que, em Moçambique maioritariamente, a principal procura é externa.
Pelo que, projecta-se que, devido a estes factores, o número de empregos suspensos no subsector de acomodação, portanto, hotelaria, continue a aumentar ao longo do segundo semestre do ano.
Para a mitigação dos efeitos da pandemia da Covid-19 neste sector, o governo adoptou um conjugo de medidas que inclue incentivos específicos, tais como a reabertura das áreas de atracção turística e a redução da percentagem do IVA para 8.5% no sector de alojamento.