Três corpos de moçambicanos vitimas de COVID-19 passaram pela fronteira de Ressano Garcia vindos da África do Sul e da Asia desde a entrada em vigor do confinamento geral e do estado de emergência nos dois países.
O chefe do posto da migração na fronteira de Ressano Garcia disse que restos mortais de três moçambicanos vitimas de coronavírus passaram pela fronteira para efeitos de funeral nas suas zonas de origem em Moçambique.
Dados oficiais deste sábado, indicavam que a África do Sul tinha 264.184 casos cumulativos e 3.971 óbitos de coronavírus.
Os casos positivos incluem três governadores provinciais, nomeadamente de Gauteng, Cabo Ocidental e North West, maior região mineira de platina, com mais de 5 mil mineiros moçambicanos. Fontes do conselho sul-africano das minas, antiga câmara das minas, dizem que mais de 400 mineiros, incluindo moçambicanos, estão infectados por coronavírus na África do Sul.
Depois dos mineiros da AngloGold Ashanti retornados semana passada aos postos de trabalho, nesta segunda-feira vão passar trabalhadores da companhia Harmony que também tinham regressado a Moçambique na véspera da entrada em vigor do confinamento geral na África do Sul.
Os mineiros estão satisfeitos em voltar ao trabalho, mas apreensivos com a situação de COVID-19 na África do Sul.
Depois de tramitação da documentação e contratos de trabalho, os mineiros são levados para confinamento durante 14 dias na África do Sul antes da retomada de actividades laborais.
As fronteiras entre Moçambique e África do Sul, incluindo de Ressano Garcia, permanecem encerradas, deixando passar apenas camiões com carga comercial e bens essenciais.