A União Europeia, União Africana e o Governo do Quénia reiteram ontem a sua total disponibilidade de apoiar as actividades previstas no quadro da pacificação do país, nomeadamente a desmobilização, desarmamento, reintegração dos antigos guerrilheiros da Renamo.
Representantes das três entidades foram recebidos ontem em audiências separadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
No final dos encontros, Federica Mogherini, Alta Representante da União Europeia para Política Externa e Segurança; Moussa Faki Mahamat, Presidente da Comissão da União Africana;e Fred Matiangi, Ministro queniano do Interior, felicitaram o Chefe doEstado, o presidente da Renamo e o povo moçambicano pelo Acordo de Paz e Reconciliação rubricado na última terça-feira,na capital do país.
Falando a jornalistas,Mogherini assegurou que a sua instituição vai continuar a prestar assistência tanto ao processo de paz em curso no país como a outros programas em áreas como Saúde, Educação, Agricultura e desenvolvimento de infra-estruturas.
Acrescentou que a sua organização está disponível para observar as eleições de 15 de Outubro, destacando ser do interesse do bloco europeu que o processo seja transparente, livre, justo e inclusivo, o que conduzirá o país ao progresso e bem-estar da população.
Por sua vez, Moussa Mahamat apontou que, tal como vem acontecendo, a União Africana vai continuar a assistir o país em todos os aspectos que se julgarem necessários para que a paz alcançada seja definitiva.
Garantiu a disponibilidade de missões especializadas, incluindo as de observação daseleições que se avizinham.
O Presidente da Comissão da União Africana disse ter falado com o Chefe do Estado sobre a disponibilidade da organização continental de apoiar Moçambique no combate aos grupos insurgentes que aterrorizam na província de Cabo Delgado.
Por seu turno, o Ministro queniano do Interior, que veio em representação do Presidente Uhuru Kenyatta, elogiou a pacificação homologada no início da noite de terça-feira com a assinatura do acordo de Maputo, descrevendo o evento como um exemplo para todo o continente africano.
Acrescentou que o acordo abre caminho para que o país se reunifique e as diferenças entre os moçambicanos sejam resolvidas pacificamente, o que permitirá a normalização da vida e o consequente desenvolvimento socioeconómico.
Manifestou o desejo de que o ambiente de paz fortaleça as relações entre Moçambique e Quénia, que actualmente estão em franco crescimento.