A HIDROELÉCTRICA de Cahora Bassa (HCB) anunciou ontem que vai disponibilizar, em breve, 680 milhões de acções para cidadãos, empresas e instituições moçambicanas.
As acções a serem vendidas representam 2.5 por cento, de um total de 7.5 por cento que a empresa pretende vender no âmbito de umarecomendação feita aos accionistas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, com o objectivo de promover a inclusão económica dos moçambicanos e demonstrar a predisposição do empreendimento na adesão às boas práticas internacionalmente de governação corporativa.
Ontem, representantes da HCB, Bolsa de Valores de Moçambique e do consórcio constituído pelo Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e Banco BIG anunciaram o arranque formal da campanha de promoção da operação pública de venda das acções, devendo a subscrição das mesmas decorrer entre 17 de Junho e 12 de Julho de 2019.
De acordo com o presidente da HCB, Pedro Couto, o preço unitário da acção será de três meticais e todos os cidadãos, empresas e instituições nacionais elegíveis, poderão fazer a sua subscrição para a compra através das plataformas disponíveis, nomeadamente balcões dos bancos intermediários do mercado bolsista moçambicano.
“Incluímos também como meios de subscrição uma aplicação para smartphones e a tecnologia USSD destinada especialmente aos cidadãos nacionais que se encontram nas zonas remotas e que não tenham conta bancária, dado o relativo baixo nível de bancarização ainda prevalecente no país”, disse Couto.
Entretanto, Paulo Sousa, presidente do Conselho de Administração do BCI, falando sobre a estruturação da oferta pública de venda das acções da HCB, afirmou que o lote mínimo de subscrição para os pequenos investidores nacionais são 20 acções, o que corresponde a um valor de 60 meticais, enquanto o máximo são 7500 acções que custam 22.500 meticais.
“Para os investidores nacionais singulares, o lote mínimo de subscrição são 1000 acções, enquanto para as entidades colectivas, o mínimo permitido são 20000 acções”, afirmou Paulo Sousa.
Já o presidente da Bolsa de Valores de Moçambique, Salim Valá, disse que com a HCB passarão a ser cinco operações públicas de venda de acções feitas através da sua instituição, apontando os casos da Cervejas de Moçambique (CDM), Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), CETA e Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE).
“Neste momento, temos registado na Central de Valores Imobiliários da BVM cerca de 7150 investidores, acreditando-se que com a operação da HCB o número aumente para 40 mil”, disse Valá.