A Organização Mundial de Saúde, OMS, e o Governo de Moçambique iniciam esta quarta-feira uma campanha de vacinação oral contra a cólera, que prevê abranger 900 mil pessoas nas zonas afectadas pelo ciclone Idai.
Segundo o último balanço das autoridades, divulgado esta segunda-feira, foram detectados até ao momento 1046 casos da doença, dos quais foram tratados 949 pacientes, continuando internados 102 e uma pessoa perdeu a vida.
Em entrevista à ONU News, em Maputo, a representante da OMS, Djamila Cabral, disse que a confirmação dos casos demora vários dias, mas “o mais importante é tratar as pessoas com diarreia, seja cólera ou não”. Segundo a representante, “o governo tem sido capaz de dar resposta aos casos que estão a aparecer”.
“Neste momento, depois que passou o momento pós-ciclone, em que a resposta aos traumas era o mais importante, as pessoas que perderam as casas, agora a nossa acção está muito concentrada na questão da prevenção da doença. A detecção rápida de epidemias e a resposta a elas”.
Além da vacinação, a OMS passa mensagens nos órgãos de comunicação social em relação ao saneamento e uso da água potável. As condições actuais, com águas paradas, falta de higiene, corpos em decomposição e sobrelotação dos abrigos temporários, podem, facilmente, levar a surtos de diarreia, malária e cólera.