O número de mortos devido à rutura de uma barragem em Brumadinho, no Brasil, subiu para 99, continuando, ainda, 259 pessoas desaparecidas, anunciou hoje a Defesa Civil de Minas Gerais.
O sexto dia de buscas ficou marcado pela chuva forte, o que levou a interrupções pontuais nos trabalhos, segundo o coordenador-adjunto da Defesa Civil, tenente-coronel Flávio Godinho.
Dos 99 mortos confirmados até agora, 57 foram já identificados, sendo que o número de desalojados aumentou de 135 para 175, segundo o governo do Estado brasileiro de Minas Gerais.
Devido ao avançado estado de decomposição dos corpos encontrados, a identificação está a ser feita através de impressões digitais, exames odontológicos e testes de ADN, segundo o chefe da Polícia Civil Arlen Bahia, citado pela plataforma de notícias G1.
Ao longo do dia foram usadas máquinas escavadoras na tentativa de se aceder a um nível de lama mais profundo, para, eventualmente, se conseguir recolher mais corpos.
"Os corpos que estavam no nível superficial já foi feito o trabalho de recuperação. Agora entramos numa fase mais técnica da operação, onde precisaremos de fazer várias escavações", declarou à imprensa o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara.
Na sexta-feira, a rutura da barragem da empresa de mineração Vale, no município de Brumadinho, na região metropolitana da cidade brasileira de Belo Horizonte, causou uma avalanche de lama e de resíduos minerais que soterrou parte das instalações da empresa e habitações na área onde o desastre aconteceu.
A empresa já esteve envolvida há três anos noutro acidente semelhante, ocorrido numa das minas da sua subsidiária Samarco, no Estado de Minas Gerais, na cidade de Mariana, no qual morreram 19 pessoas.