A Polícia da República de Moçambique (PRM) reiterou ontem que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) vão permanecer nas suas posições na província nortenha de Cabo Delgado, enquanto os ataques não forem erradicados e os seus autores identificados e levados à justiça.
A declaração foi feita pelo porta-voz do Comando-Geral da PRM, Inácio Dina, em resposta a uma questão colocada pela imprensa sobre o último ataque protagonizado pelos malfeitores na península de Afungi, distrito de Palma, onde a Anadarko tem um acampamento.
Dina, que falava durante o habitual briefing semanal, disse que o trabalho contínuo da Polícia é garantir que os autores possam ser identificados.
“Nós continuaremos lá. Esta é a tónica do nosso trabalho”, disse, anunciando que já foram identificados pontos estratégicos susceptíveis a ataques.
Dina considera a existência de ataques mesmo com a presença da FDS como sendo um facto típico de todas as sociedades, afirmando que “onde há sociedade há sempre crime, mas a Polícia também está lá”.
Os ataques em Cabo Delgado iniciaram em Outubro de 2017, tendo-se alastrado até ao ano em curso, com um rasto de destruição e centenas de pessoas mortas e feridas por conta destes actos macabros.
As autoridades nacionais já detiveram e levaram à barra da justiça cerca de 200 cidadãos, entre moçambicanos e tanzanianos.
quarta-feira, 23 janeiro 2019 16:52