Nos dois tiros disparados contra Valentina Guebuza a arma não estava encostada a vítima, mas não se sabe se o tiro foi a curta ou longa distância.
A conclusão é dos peritos de medicina legal que examinaram o corpo de Valentina, após o baleamento.
Os peritos descartam a hipótese de um suicídio.
Esta sexta-feira o tribunal ouviu as conclusões dos peritos de medicina legal que examinaram o corpo de Valentina Guebuza após a morte.

Se Zófimo Muiuane dizia no primeiro dia do julgamento que a esposa puxou o gatilho contra ela mesma no meio de uma discussão e tirou a própria vida, a perícia da medicina legal concluí que foram dois tiros disparados sem a arma estar encostada na vítima. Mas a mesma perícia não sabe se os disparos foram a curta e longa distância.

Tecnicamente, com a arma encostada na vítima o disparo chama-se à boca tocante ou queima-roupa, que pode ser até uma distância de 2 centímetros, é isso que os médicos legais dizem que não aconteceu.

Curta distância é da vítima até 75 centímetros com a arma e mais que isso chama-se longa distância, exactamente o que os peritos não sabem se ocorreu ou não.

Os médicos legais dizem não saber da distância porque não encontraram elementos de avaliação ao redor dos orifícios causados pelos projectis no corpo da Valentina. Ainda tentaram ver no vestuário que a vítima trazia na sequência do incidente, mas o mesmo já estava manipulado, o que não permita fazer análise.

Os médicos legais ouvidos pelo Tribunal dizem que o corpo da Valentina Guebuza apresentava sinais de que esteve envolvido numa disputa antes dos tiros.

Os três peritos em medicina legal concordam que dada a gravidadedas lesões contraídas no primeiro tiro, se a vítima tivesse se disparado contra ela mesma, não teria tido mais força para efectuar o segundo tiro.

O julgamento só retoma após o natal, a 27 de Dezembro.