O Antigo Presidente da Republica, Joaquim Chissano, diz que o diálogo sobre a dívida pública foi essencial para que o Zimbabwe superasse a crise económica. A plataforma de diálogo estrutural sobre a dívida zimbabweana foi lançada em Dezembro de 2022. Líderes africanos debatem o futuro económico do Zimbabwe, na Reunião anual do Banco Africano de Desenvolvimento, em Sharmy el-Sheik, no Egipto. Um diálogo que surge no contexto da crise económica desencadeada pelas sanções impostas pelo ocidente ao Zimbabwe. Joaquim Chissano, antigo chefe de Estado moçambicano: “O primeiro grande feito este no próprio diálogo. O processo contribui para o diálogo construtivo e apelo sobre os assuntos que permitem o desenvolvimento do Zimbabwe com participação efectiva de vários intervenientes”. O pacote de reformas económicas já está em curso, mas ainda há dificuldades no acesso a crédito. Emerson Mamamgagwa, presidente do Zimbabwe: “A falta de acesso a fontes de concessionais de crédito para financiar projectos e programas nacionais prioritários no Zimbabwe continua a constituir obstáculo. Portanto, necessitamos de fundos para financiar a produção bem como apoiar programas sociais como a educação, saúde, segurança alimentar e mudanças climáticas”. A Plataforma de Diálogo da Dívida Publica é vista como um dos requisitos para a implementação da zona de comércio livre, em África. Akinwumi Adesina, presidente do BAD: “Aceitei porque, sendo muito importante levantar a região da SADC, não é possível fazê-lo sem o Zimbabwe. Aceitei porque a Área Africana de Comércio Livre é a maior oportunidade do continente e não é possível implementá-la sem o Zimbabwe”. A União Europeia e os EUA impuseram sanções contra mais de 100 indivíduos e entidades do Zimbabwe em 2002 e 2003, acusando-os de arruinar a democracia, violar os direitos humanos e encorajar a corrupção.
sexta-feira, 26 maio 2023 08:29