José Eduardo dos Santos mesmo fora do poder quer nomear chefes militares inamovíveis e estender imunidade a família
O Presidente José Eduardo dos Santos, de Angola, levou a cabo uma série de iniciativas legislativas à Assembleia Nacional daquele país, pouco antes do fim do seu mandato, com objectivo de criar maior conforto perante eventual caso de vitória de João Lourenço, sucessor directo, não vir a ser o presidente de continuidade.
Para tal, Dos santos tentou aprovar uma lei que lhe confere imunidade extensiva a sua família, e o poder de nomear chefes militares inamovíveis nos próximos anos.
Subida do preço do milho no Quénia pode penalizar Uru Kenyata nas urnas terça-feira
Há 2 dias das eleições presidências, a galopante subida do preço do milho no Quénia poderá desfavorecer o actual presidente Uru Kenyata, para sua reeleição.
Kenyata tinha ganho simpatia dos quenianos quando, em Maio último, estabeleceu um sistema ferroviário tecnologicamente avançado, o maior da África, que liga o maior porto oriental de África, ao aeroporto internacional de Nairobi.
Para Uru Kenyata a equação política já estava feita. Há dois meses das eleições Presidenciais no Quénia, o presidente em exercício, inaugurou o maior sistema ferroviário, considerado dos mais avançados do mundo e o maior da África.
Um empreendimento que liga o maior Porto da África Oriental a Nairobe, no Quénia.
Com esta acção, o presidente em exercício obteve muita popularidade, admiração e simpatia por parte dos quenianos, bem como dos países vizinhos.
Entretanto, quase em simultâneo, outro fenómeno socioeconómico assola o Quénia, o preço do milho, principal alimento da população queniana, extrapola os limites suportáveis.
No pico da crise do milho em Maio, 2 quilos de farinha custavam em Nairobi o dobro do que era no ano passado.
A acompanhar a subida dos preços alimentares, vários incidentes de corrupção praticados por altas individualidades do governo e acusação de favorecimentos ameaçam a reeleição do actual chefe de Estado do Quénia.
Para minimizar o problema, o governo de Nairobi está eliminar os impostos da importação do milho e, em seguida, passou a subsidiar as importações. Ainda assim, esse pacote de medidas não teve impacto nos preços finais, deixando uma larga franja da população sob ameaça de crise alimentar.
Na próxima terça-feira, poderão os eleitores decidir entre o actual Chefe de Estado do Quénia e Rail Odinga, principal candidato, com tendência acentuável de simpatizantes.
Como trunfo da Oposição de Uru Kenyata, questiona maneira recorrente se os eleitores vão preferir um comboio moderno e muita fome.
1200 Funcionários “fantasmas” em Inhambane só no primeiro semestre: são da Educação e Saúde
Detectados mais de mil e duzentos funcionários e agentes de estado “fantasmas” no primeiro semestre deste ano na Província de Inhambane.
A maior parte dos funcionários “fantasmas” provém dos sectores de educação, saúde e agricultura.
O estado perdeu muito dinheiro. Considerando, por exemplo, o salário mínimo nacional, pode-se afirmar que dos mil e duzentos e três funcionários detectados, o estado teve prejuízos avaliados em mais de vinte e quatro milhões de meticais em seis meses.
Ler maisHá 8 dias das eleições no Quénia: Gestor do Sistema Electrónico de Votação é morto por desconhecidos
Foi assassinado o responsável pelo sistema de votação electrónica na Comissão Eleitoral Independente do Quénia, Chris Msando.
O crime acontece a poucos dias para a realização das eleições presidenciais do país, marcadas para 8 de Agosto corrente.
Chris Msando havia desaparecido na sexta-feira.
Segundo a Polícia, o corpo da vítima foi encontrado ontem em Kikuyu, arredores da capital, Nairobi.
No mesmo, foi achado também o cadáver de uma mulher não identificada.
Ultimato de Putin: Rússia expulsa diplomatas norte-americanos de Moscovo até 1 de Setembro
Rússia expulsa setecentos e cinquenta e cinco diplomatas dos Estados Unidos da América.
A ordem foi dada pelo Presidente do país, Vladimir Putin, em retaliação às sanções recentemente aprovadas pelo Congresso dos Estados Unidos contra a Rússia.
Os Estados Unidos alegam que as novas sanções visam punir a Rússia pela interferência nas eleições norte-americanas e pela anexação do território ucraniano da Crimeia.
Moscovo nega que tenha tentado influenciar os resultados eleitorais norte-americanos e considera que Washington está a agir de má fé.
E em retaliação, setecentos e cinquenta e cinco diplomatas dos Estados Unidos e pessoal de apoio deverão deixar a Rússia até 1 de Setembro.
Assim, o número de diplomatas e funcionários da Embaixada e consulados norte-americanos ficará reduzido a quatrocentos e cinquenta e cinco.
É o mesmo número a que ficou reduzido o contingente diplomático e de apoio na Embaixada e consulados da Rússia nos Estados Unidos.
Também para efeitos retaliatórios, Putin indicou estar a considerar medidas adicionais.
Segundo Putin, durante muito tempo Moscovo assumiu uma atitude de contenção em relação às acções de Washington na esperança de que a situação pudesse mudar para melhor.
No entanto, para o Presidente da Rússia, a possibilidade de o cenário vier a mudar parece remota.
Washington reagiu com desagrado à retaliação de Moscovo, qualificando-a como lamentável e sem justificação.
O governo norte-americano diz que está a avaliar o impacto da decisão da contraparte russa e a estudar como responder.
O “dente por dente, olho por olho” entre Washington e Moscovo é a mais recente indicação do crescente distanciamento entre as duas potências nucleares.
A Casa Branca já anunciou que o Presidente Donald Trump irá promulgar o novo pacote de sanções contra a Rússia.
Entre várias medidas, o pacote prevê punir as empresas que investirem na construção ou manutenção de infra-estruturas russas de transporte de petróleo e gás.
As novas sanções contra a Rússia vão prejudicar diversas companhias da União Europeia, que participam com capital e tecnologia em vários projectos de transporte de gás russo a países do velho continente.
Tal possibilidade levou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, a advertir que a União Europeia irá responder aos Estados Unidos.