A morte foi confirmada pelo governo angolano, que momentos depois decretou luto nacional, a vigorar durante cinco dias.
O ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos, morreu na manhã desta sexta-feira, aos 79 anos de idade, na clínica Tecknon, em Barcelona, Espanha, onde estava internado desde que teve uma paragem cardíaca em 23 de Junho.
O Executivo angolano decretou, esta sexta-feira, luto nacional de cinco dias pela morte do antigo chefe de Estado.
O luto visa homenagear condignamente a sua figura, a sua obra, os seus feitos e o seu legado ao serviço da Nação Angolana.
O decreto lembra o antigo Presidente como uma figura ímpar da pátria angolana, à qual se dedicou desde muito cedo, tendo tido relevante participação na luta contra a colonização, na conquista da independência nacional, na consolidação da Nação, na sua afirmação no contexto das nações, na conquista da paz e reconstrução e reconciliação nacionais.
Avança que enquanto vigorar o luto nacional, que terá início às 0h00 deste sábado, deve-se colocar a Bandeira Nacional à meia-haste e cancelar todos os espectáculos e manifestações públicas.
O ex-chefe de Estado de Angola, de 79 anos, tinha problemas de saúde há vários anos e era acompanhado em Barcelona desde 2006.
Numa mensagem publicada na rede social Facebook, o executivo angolano disse que “inclina-se, com o maior respeito e consideração, perante a figura de um Estadista de grande dimensão histórica, que regeu durante muitos anos com clarividência e humanismo os destinos da Nação Angolana, em momentos muito difíceis”.
Na mesma publicação, endereça à "família enlutada os seus mais profundos sentimentos de pesar".
O estado de saúde de José Eduardo dos Santos agravou-se na última terça-feira.
Exames realizados mostraram graves e "irreversíveis" lesões no cérebro.
Eduardo dos Santos governou Angola entre 1979 e 2017, tendo sido um dos Presidentes a ocupar por mais tempo o poder no mundo.