Giuseppe Conte anunciou esta segunda-feira a quarentena para todo o país até 3 de abril. "Toda a Itália deve ficar em casa", disse o primeiro-ministro italiano, alargando assim a todo o país as medidas que tinham sido tomadas ontem para Lombardia e outras 14 províncias.
As restrições, que entram em vigor esta terça-feira, impedem as deslocações de cidadãos (a não ser em casos de emergência e de trabalho) e também o cancelamento de eventos públicos.
"Não haverá apenas uma zona vermelha. Haverá Itália", disse Giuseppe Conte aos jornalistas. A medida vai afetar os 60 milhões de habitantes do país.
O decreto aprovado pelo executivo italiano também prolonga o encerramento das escolas em todo o país até 3 de abril.
As mortes em Itália devido à epidemia do novo coronavírus subiram hoje para 463, um aumento de 97 óbitos relativamente a domingo, referiam os últimos dados divulgados pelo chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli.
Os casos positivos ascendem aos 7.985, com 724 pessoas que se curaram, com o total de todos os contágios desde o início da crise a atingir 9.172 pessoas.
A grande maioria dos casos de contágio e de mortos concentra-se na região da Lombardia, onde se registaram 333 mortes, seguida da região de Emília-Romanha, com 70 óbitos e 1.386 casos positivos. No Veneto foram contabilizados até hoje 20 óbitos e 744 contágios.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro e desde então foram infetadas mais de 110 mil pessoas, mas a maioria já recuperou. A doença provocou até ao momento cerca de 3.800 mortos.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, estando neste momento cerca de 16 milhões de pessoas em quarentena no Norte do país.