Barack Obama sai da reserva para tentar pôr termo à nova estratégia de campanha de Donald Trump.
O presidente norte-americano considerou “irresponsável” a atitude do candidato norte-americano de desacreditar o processo eleitoral.
Durante a receção ao primeiro-ministro italiano, na Casa Branca, Obama pediu a Trump que “páre de choramingar” e de denunciar uma possível fraude eleitoral, mesmo antes do voto.
“Se começa a choramingar antes do fim da corrida, se sempre que as coisas vão mal e perde, acusa os outros, então não tem o que é preciso para estar neste cargo”.
Face às revelações sobre as posições sexistas de Trump, o candidato continua a denunciar uma conspiração, que, segundo ele, poderia prosseguir com a manipulação dos resultados eleitorais.
Sem mudar de discurso, o milionário afirmou mesmo, em Colorado Springs, que “os mortos começaram a votar” no escrutínio antecipado.
“Eles querem tentar manipular a eleição nas cabinas de voto, quando tantas cidades são corruptas, o que é fácil de ver e a fraude eleitoral é demasiado habitual. E ainda nos criticam por dizermos isto”.
A rival democrata preferiu dedicar o dia a preparar o terceiro e último frente-a-frente teleivisivo com o republicano, que se realiza esta quarta-feira, no estado do Nevada.
Hillary Clinton viajou para Las Vegas, quando volta a descolar nas sondagens, com uma vantagem de 6% (45,9-39%) relativamente ao adversário.
O último debate televisivo da campanha decorre por entre os comentários de alguns analistas que temem que a nova estratégia de Trump possa incendiar o dia seguinte das presidenciais.