As equipas de resgate no Japão estão a dragar as águas e a trabalhar nos deslizamentos de terra perto dos rios que transbordaram, esta segunda-feira, para procurar os desaparecidos após a passagem de um tufão que fez pelo menos 40 mortos e causou danos pesados no centro e norte do país.
Segundo a Kyodo News, citada pela Associated Press, há ainda pelo menos 16 pessoas desaparecidas.
O Governo japonês mobilizou 27 mil membros das Forças de Autodefesa (exército) para os trabalhos de socorro. A emissora pública NHK avançou que o tufão fez transbordar mais de 20 rios.
O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe disse que o governo vai montar uma equipa de desastre especializada, que incluirá responsáveis de vários ministérios, para lidar com as consequências da catástrofe natural. "A nossa resposta tem de ser rápida e apropriada", explicou.
O tufão Hagibis tocou terra no sábado pouco antes das 19h00 (13h00 em Lisboa) e, cerca de duas horas depois, chegou à capital japonesa com rajadas de vento até 200 quilómetros por hora, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês). A empresa de eletricidade Tokyo Electric Power Co. dá conta de que há mais de 50 mil casas sem eletricidade em Tóquio.
Mais de sete milhões de pessoas foram aconselhadas a deixar as suas casas, tendo dezenas de milhares sido acolhidas em centros de abrigo.