sobre o programa nuclear iraniano vai realizar-se em Viena no domingo, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão.
De acordo com o comunicado do chefe da diplomacia iraniana, os países que compõem o acordo (Alemanha, China, França, Grã-Bretanha e Rússia) vão-se reunir a nível ministerial.
A próxima reunião extraordinária da Comissão Conjunta do acordo nuclear do Irão, sem a presença dos Estados Unidos, vai decorrer um mês depois do último encontro na capital austríaca.
Sobre o contexto da reunião do dia 28 de julho, o Irão nota "alguns progressos" no sentido de ver amenizados os efeitos provocados pelas sanções norte-americanas, apesar de considerar "insuficientes" os últimos desenvolvimentos.
Entretanto, agravam-se as tensões na região do Golfo.
O acordo de Viena está ameaçado após a saída dos Estados Unidos, em maio de 2018, e pela imposição de sanções contra o Irão.
O Irão acusa os Estados Unidos de violação do direito internacional pela saída unilateral do acordo e recusa-se a negociar com Washington sob a pressão das sanções que foram impostas.
O acordo de Viena determina o afastamento de Teerão do programa de desenvolvimento de armamento atómico tendo o Irão aceitado abandonar o programa nuclear em troca do levantamento de sanções que afetavam a República Islâmica.
O restabelecimento das sanções norte-americanas atingiu a economia iraniana provocando uma recessão.
Para continuar a cumprir o acordo, o Irão exige dos parceiros, e sobretudo dos países europeus, a tomada de medidas eficazes que possam garantir os interesses de Teerão.
Para o Irão, os países europeus devem colaborar no sentido de ultrapassar os problemas provocados pelas sanções impostas pelos Estados Unidos, sobretudo no que diz respeito à venda de petróleo aos países estrangeiros.
Em resposta à decisão norte-americana de se retirar do acordo, o Irão, que esteve submetido a um regime de inspeções, começou a afastar-se dos compromissos alcançados em Viena em 2015.
O Irão ameaça não respeitar o limite imposto pelo acordo sobre as reservar de urânio enriquecido (300 quilogramas) assim como não cumprir o plafond sobre o enriquecimento de urânio com 3,67% de pureza.
Teerão ameaça abandonar em setembro a próxima etapa suplementar do "plano de redução" prevista nos compromissos de Viena caso as condições não sejam cumpridas.