Em Libreville, na tomada de posse para um segundo mandato de sete anos como presidente do Gabão, Ali Bongo tentou acalmar os ânimos, prometendo “igualdade de oportunidades” para todos após umas presidenciais muito contestadas e de protestos violentos na sequência de denúncias de fraude eleitoral.
O país está em crise por causa da quebra do preço das matérias-primas, em especial, do petróleo. Por isso, não surpreende que um desempregado afirme que os políticos “fazem tudo no seu próprio interesse. Nós (o povo) esperamos apenas que o país acalme. Temos as nossas famílias, os nossos filhos. Queremos que possam ir à escola e que eles (os dirigentes) deixem o país tranquilo”.
O líder da oposição, Jean Ping, já tem mais de 70 anos, razão pela qual uma estudante considera que “devia deixar o lugar aos mais novos. Já estamos fartos dos velhos. Têm ideias muito retrógradas. Nós queremos avançar, mas para isso ele (Ping) tem de aceitar a derrota”.
Jean Ping tentou impugnar o resultado das eleições, mas o Tribunal Constitucional rejeitou o recurso da oposição e confirmou a vitória de Ali Bongo, que sucedeu ao pai, Omar Bongo, que esteve no poder de 1967 até à morte, em 2009.