Um alto quadro do regime norte-coreano chegou hoje de carro ao aeroporto de Pequim, de onde deve partir para os Estados Unidos, para preparar a histórica cimeira entre os líderes dos dois países.
O general Kim Yong-chol, considerado o "braço direito" do líder norte-coreano, Kim Jong-un, é esperado em Nova Iorque, segundo anunciou na terça-feira o Presidente dos EUA, Donald Trump.
Trata-se da primeira visita de um alto quadro de Pyongyang aos EUA desde 2000, quando o militar Jo Myong-rok reuniu com o então Presidente Bill Clinton.
Kim Yong-chol, que é também diretor do Departamento da Frente Unida, é uma das figuras do regime norte-coreano atingida pelas sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU e pelo Departamento do Tesouro norte-americano.
Donald Trump chegou a cancelar a cimeira com Kim Jong-un, na passada sexta-feira, mas voltou atrás após várias mensagens conciliadoras com Pyongyang.
A confirmar-se, será a primeira reunião de sempre entre os líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.
No ano passado, a tensão entre Pyongyang e Washington atingiu níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), na sequência dos sucessivos testes nucleares e de misseis balísticos realizados por Pyongyang, e à retórica belicista de Trump.
No entanto, desde o início do ano que Kim Jong-un tem procurado uma solução diplomática, e o regime procedeu já ao desmantelamento de infraestruturas numa central nuclear, processo efetuado na presença de cerca de 20 jornalistas de cinco países: Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Rússia e Reino Unido.