As autoridades norte-americanas emitiram um alerta vermelho para a erupção do vulcão Kilauea, no Havai, que na última semana já obrigou a retirar centenas de pessoas das suas casas.
Um alerta vermelho significa que "uma grande erupção vulcânica está iminente ou a ocorrer", indicou na terça-feira o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
"A erupção de cinza aumentou de intensidade" desde terça-feira de manhã, no Kilauea, e a nuvem de cinza tem já entre três mil e seis mil metros de altura, indicou.
Embora a atividade vulcânica se mantenha "muito variável", pode "tornar-se explosiva a qualquer momento, aumentando a intensidade da produção de cinza e de projéteis".
As autoridades locais alertaram os residentes das zonas mais próximas do vulcão para estarem preparados para uma retirada de emergência, possivelmente sem aviso prévio.
Até agora, foram já retiradas 1.700 pessoas que ainda não foram autorizadas a regressar a casa.
Este nível de alerta significa também "perigo imediato para a saúde, sendo necessário tomar medidas para evitar qualquer exposição", indicou em comunicado a proteção civil do Havai.
O vulcão entrou em erupção a 03 de maio e desde então já foram registadas 20 fissuras que estão a expelir lava. Até agora, 40 casas ou edifícios foram destruídos pela lava.
Junto à cratera, registaram-se durante vários dias dezenas de sismos, alguns de magnitude superior a 5 na escala de Richter.
O vulcão situa-se no sudeste da Grande Ilha do Havai, onde vivem cerca de 185 mil pessoas.
O Kilauea, a 1.200 metros de altitude, é um dos mais ativos no mundo e um dos cinco existentes no arquipélago norte-americano.
O turismo, uma das maiores indústrias locais, já registou perdas de "pelo menos cinco milhões de dólares norte-americanos" (cerca de quatro milhões de euros), de acordo com as autoridades turísticas.