"Queremos receber uma explicação completa por parte da China", disse Abe durante um discurso no Parlamento japonês, avançando que o Japão "está a recolher e a analisar as informações desta visita secreta com grande interesse".
O primeiro-ministro japonês valorizou a "disposição para o diálogo da Coreia do Norte", mas reiterou que Pyongyang "deve abandonar seus programas nucleares e de mísseis de forma completa e irreversível".
Abe, que é um forte defensor da política de "pressão máxima" sobre Pyongyang, em linha com Washington, tem mostrado ceticismo quanto à disposição do regime norte-coreano para dialogar, expressa pela primeira vez durante os Jogos Olímpicos de Inverno, organizados pela Coreia do Sul.
A Coreia do Norte confirmou hoje oficialmente que Kim Jong-un visitou a China, naquela que foi a primeira viagem ao estrangeiro desde que chegou ao poder em 2011, quando sucedeu ao pai, Kim Jong-il.
Segundo a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, Kim Jong Un disse ao presidente chinês, Xi Jinping, que era seu "dever solene" que Pequim fosse o destino de sua primeira viagem ao estrangeiro, durante um banquete oferecido na segunda-feira pelas autoridades chinesas.
Kim Jong un, que estava acompanhado pela mulher, convidou ainda o presidente chinês Xi Jinping para visitar a Coreia do Norte, um convite que terá sido já aceite, segundo a KCNA.
A visita ocorreu entre o último domingo e esta quarta-feira, divulgou a agência de notícias chinesa Xinhua, que avançou com a notícia na terça-feira.
Durante a visita, o líder norte-coreano terá manifestado abertura para realizar uma cimeira com os Estados Unidos e discutir com Seul a eliminação das armas nucleares na península coreana.