A partir desta quinta-feira, serão acompanhados pelos chefes da diplomacia de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egipto e Cazaquistão.
O grupo BRICS está a aumentar a sua aposta por uma maior influência global, sentindo um momento para capitalizar a ordem mundial fragmentada para alargar as suas fileiras além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O encontro, que prepara a cimeira dos chefes de Estado do BRICS a ter lugar em Agosto, mostrará os objectivos do bloco de se estabelecer como uma força económica e política séria.
Ocorrendo num momento de tensões elevadas entre Washington e Beijing, as negociações também devem alimentar as preocupações ocidentais de que o grupo quer tornar-se um contrapeso para os EUA e a União Europeia.
Os membros já se recusaram a juntar-se a grupos como o Grupo dos Sete para culpar - e sancionar - a Rússia, outra nação do BRICS, pelo conflito com a Ucrânia.
Objectivos como expansão e uma moeda comum são objectivos defendidos pela China e pelo menos dois dos países participantes na Cidade do Cabo – Irão e Cuba.
O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa disse a parlamentares na Cidade do Cabo nesta quarta-feira que o BRICS adquiriu uma estatura muito importante no mundo, com muitos países em vários continentes querendo fazer parte dele.
Naledi Pandor, ministra das Relações Exteriores e anfitriã da reunião, disse no mês passado que o bloco pode ser “transformador”, representando aquelas nações “que desejam desempenhar um papel nos assuntos mundiais, garantindo benefícios ao Sul Global”.
O presidente brasileiro Lula da Silva tem defendido o uso de uma moeda compartilhada e a presidente do banco dos BRICS, Dilma Rousseff, disse esta semana que a instituição quer ampliar ainda mais seu quadro de associados.
Bangladesh e Emirados Árabes Unidos aderiram há dois anos, enquanto o Egipto se tornou membro em Fevereiro.
Agora a Arábia Saudita está a discutir a adesão.
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