A pressão sobre Ramaphosa para se demitir ou ser forçado a abandonar o cargo, subiu de tom, na sequência de um relatório parlamentar, apresentado na semana passada à Assembleia Nacional, que sugere que o Chefe de Estado pode ter violado leis anticorrupção num alegado incidente de roubo de uma elevada quantia de dinheiro encontrada dissimulada nos estofos dos sofás na sua quinta Phala Phala, em 2020. Ramaphosa tem-se reunido com os seus aliados no seio do partido, uma vez que alguns membros do comité executivo consideram que o presidente desrespeitou as estruturas do partido e que por isso deveria renunciar”. Os deputados na Assembleia Nacional, onde o ANC detém a maioria, devem debater o relatório da comissão parlamentar esta terça-feira, e votar também se o processo de destituição do Presidente deve avançar. Ramaphosa, que ambiciona a reeleição na liderança do partido no congresso nacional electivo agendado para entre 16 e 20 deste mês, em Joanesburgo, nega irregularidades. O Presidente adiou uma comunicação ao país na quinta-feira para anunciar a sua decisão depois de se reunir com os seus conselheiros e aliados na Cidade do Cabo. Há quem considere que a demissão de Ramaphosa daria poder a cleptocracias implacáveis e seria um desastre do qual a Africa do sul nunca poderá recuperar.
ANC discute hoje o futuro do Presidente Sul-africano
Congresso Nacional Africano discute esta Segunda-feira futuro do Presidente Sul-africano. Em causa, o envolvimento de Cyril Ramaphosa num escândalo financeiro. Há quem considere que a demissão de Ramaphosa daria poder a cleptocracias implacáveis e seria um desastre do qual a Africa do sul nunca poderá recuperar. O partido no poder na África do Sul anunciou que vai retomar nesta segunda-feira as conversações sobre o futuro de Cyril Ramaphosa, envolvido num escândalo que está a pôr em risco a liderança do ANC e a Presidência sul-africana.