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sábado, 21 setembro 2019 17:00

Energia eléctrica: Banco Mundial financia conexão Moçambique/ Malawi

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A Direcção Executiva do Grupo Banco Mundial aprovou terça-feira um montante na ordem de 57 milhões de dólares para o Projeto de Interconexão Energética Regional Moçambique-Malawi.

O projecto vai ligar os sistemas de transmissão de energia de Moçambique e Malawi para permitir que ambos os países se envolvam no comércio bilateral e regional de energia no âmbito do Pool de Energia da África Austral (SAPP).

Do montante, Moçambique receberá 42 milhões de dólares, como uma doação da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA). O Malawi receberá um crédito equivalente a 15 milhões de dólares da mesma entidade.

Além disso, Moçambique deverá receber uma doação de 24 milhões de dólares de um fundo fiduciário do Governo da Noruega, administrado pelo Banco Mundial, juntamente com uma doação de 20 milhões de euros do governo da Alemanha.

O Malawi receberá 20 milhões de euros adicionais, através de uma subvenção da União Europeia (UE). As subvenções da UE e do Governo da Alemanha são administradas pela Kreditanstalt fur Wiederaufbau (KfW).

“O novo projecto de interconexão regional Moçambique-Malawi estabelecerá um elo de transmissão entre os dois países para atender à crescente demanda de electricidade no Malawi e criar oportunidades de comércio no SAPP”, disse Dhruva Sahai, especialista financeiro sénior e líder da equipa do projecto.

Entre os seus principais empreendimentos incluem-se a construção de 218 quilómetros de linha de transmissão de corrente alternada de alta tensão de 400 kV, sistemas de conexão e infra-estruturas associadas como obras de subestações, começando em Matambo, na província de Tete, até Phombeya no distrito de Balaka, no sul do Malawi. Segundo uma nota de imprensa do Banco Mundial, com estes investimentos famílias, empresas e agricultores do Malawi vão ter acesso mais confiável à electricidade, vital para melhorar a produtividade e a competitividade do país nos mercados doméstico e regional, enquanto a concessionária pública de Moçambique,EDM, poderá ver reforçadas as suas receitas em divisas, permitindo deste modo que sejam utilizadas nos contínuos esforços de eletrificação doméstica.

“Este é um projecto importante para a região. Criará condições para expandir o acesso a milhões de pessoas na região, que vivem sem electricidade e ajudará, por outro lado, a descarbonizar os sistemas de energia na região da África Austral, que actualmente são dominados pela geração a carvão”, disse Deborah Wetzel, directora do Banco Mundial para Integração Regional em África, Médio Oriente e Norte da África.

A SAPP é o primeiro e o mais avançado grupo de energia do continente, fornecendo uma alternativa para o comércio bilateral de energia. Este projeto financiará a primeira interconexão do Malawi ao SAPP, o que é uma prioridade desde o início dos anos 2000, com várias tentativas de o traduzir em realidade.

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    O Banco Mundial anunciou uma doação no valor de 45 milhões de dólares para Moçambique ampliar os programas de rede de segurança social, em resposta aos efeitos dos ciclones Idai e Kenneth, que devastaram o país no semestre do ano em curso.

    Deste montante, 10 milhões de dólares são provenientes do fundo fiduciário de múltiplos doadores, apoiado pelo Departamento Para o Desenvolvimento Internacional (DFID) do Reino Unido, Holanda e Suécia, refere um comunicado de imprensa do Banco Mundial.
    “Este projecto ajudará as famílias extremamente desfavorecidas e afectadas por esses riscos naturais, disponibilizando transferência de renda temporária, enquanto se continua com os esforços para se implantar as bases de um sistema de rede de segurança social no país”, afirmou o director do BM para Moçambique, Madagáscar, Maurícias, Seicheles e Comores, Mark Lundell, citado no comunicado.
    Além de apoiar as obras públicas pós-emergência para facilitar as actividades de reconstrução nas áreas afectadas, o financiamento visa ainda ampliar as actividades do projecto nas áreas afectadas pelos ciclones e inundações, através da expansão das actividades de transferência directa de renda para as famílias vulneráveis.
    Assim, 115.000 famílias serão apoiadas em 15 distritos das províncias de Sofala e Manica, na região centro, afectadas pelo Idai, e de Cabo Delgado, no extremo norte, devastada pelo Kenneth.
    O projecto apoia os beneficiários através do provimento de uma fonte de renda oportuna, previsível e temporária para evitar estratégias negativas de sobrevivência.
    No pós-emergência, segundo o comunicado, as obras públicas funcionam como um catalisador para a rápida recuperação local de bens públicos por meio da implementação de actividades focadas na remoção de detritos, reabilitação de ruas e estradas, limpeza de canais de drenagem, reabilitação de infra-estruturas sociais como escolas e hospitais, unidades de saúde.
    Além de causarem mais de 600 mortos e centenas de feridos, os dois ciclones destruíram as precárias habitações e os meios de subsistência das comunidades vulneráveis.

    O Projecto de Protecção Social do Banco Mundial apoia a implementação dos principais programas de assistência social que agora são ampliados nas áreas afectadas pelos ciclones.
    O responsável do Projecto, Edmundo Murrugarra, diz que os eventos extremos representam sérias ameaças aos esforços de redução da pobreza.
    “Enfatizam a necessidade de fortalecer os sistemas de protecção social para responder rapidamente ao apoio à regularização do consumo entre as famílias vulneráveis”, vincou Murrugarra, que é igualmente economista sénior de protecção social do Banco Mundial.
    A doação faz parte do pacote regional mais amplo do BM que compreende um conjunto de operações totalizando cerca de 700 milhões de dólares em recursos da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, sigla em inglês) para apoiar a resposta ao ciclone em Moçambique, Malawi e Zimbabwe.
    A operação, segundo a fonte, consiste com o duplo objectivo do Banco Mundial, de acabar com a pobreza extrema e aumentar a prosperidade partilhada, e está em linha com o Quadro de Parceria com o País (CPF), no caso Moçambique, para o período 2017-2021.

    (AIM)

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