Por ocasião do centenário a Ministra da Cultura e Turismos depositou uma corroa de flores na praça dos Heróis Nacionais.
As celebrações oficiais do centenário de José Craveirinha iniciaram na praça dos Heróis Nacionais onde a Ministra da Cultura e Turismo depositou uma cora de flores, em representação do Presidente da República.
De seguida, Edelvina Materula visitou a Fundação José Craveirinha, onde garantiu que este ano será lançada uma obra jornalística de José Craveirinha.
“Tomamos a decisão de fazer a publicação daquilo que é a obra jornalística de José Craveirinha. É verdade que existe a obra poética poética. Conhecemos Craveirinha pelas suas diversas facetas, e vamos assumir o compromisso de ainda este ano publicarmos esta obra” - Considera a Ministra da Cultura e Turismo, Edelvina Materula.
Familiares, amigos e antigos colegas de José Craveirinha marcaram presença no evento comemorativo dos cem anos do poeta maior de Moçambique.
“Houve uma altura em que os bairros tinham essa preocupação da parte cultura. Agora os bairros já não se dedicam tanto. Então temos que investir nas escolas primárias e secundárias. Por exemplo hoje deviam estar aqui crianças. Tem escolas aqui a volta”. Considera Zeca Craveirinha, filho do poeta.
Falecido em 2003 aos oitenta anos, depois de lançar várias obras, entre elas Karingana Ua Karingana, Craveirinha continua a exercer grande influência sobre a literatura moçambicana e lusófona, consideram os escritores.
Carlos Paradona Secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos, afirma que “Este homem que hoje faria cem anos é uma fonte inesgotável para as letras moçambicanas”.
Por seu torno o escritor Juvenal Bucuane, afirma que: “José Craveirinha para de ser meu influenciador, eu aprendi muito com ele, tive a sorte de poder estar com ele lado a lado. E o pouco que eu consegui beber instruiu-me muito. Deu uma forma de estar na literatura”.
A propósito desta influência a Associação Moçambicana dos Escritores vai propor que o dia vinte e oito de Março, dia do seu nascimento, seja declarado Dia Nacional da Poesia.
“Nós precisamos de reeditar as obras de José Craveirinha e de Outros autores que se encontram esgotados no mercado. Por outro lado, vamos trabalhar com o governo no sentido do dia 28 de Maios ser declarado dia Nacional da Poesia.” Disse Carlos Paradona Secretário-geral da AEMO
Além de escritor, Craveirinha foi jornalista. E como jornalista, colaborou nos periódicos moçambicanos O Brado Africano, Notícias, Notícias da Beira, Diário de Moçambique e Voz Africana. Como escritor, lançou mais de dez obras, tendo vencido o Prémio Camões, o mais importante da literatura em português, em 1991. José Craveirinha é herói nacional.