Pelo menos catorze pessoas foram detidas pela polícia da Republica de Moçambique, no contexto das manifestações convocadas pelo candidato Presidencial Venâncio Mondlane. Os detidos negam estar associados as manifestações violentas. Só nesta quinta-feira vinte e uma pessoas ficaram feridas entre graves e ligeiros. De acordo com a polícia da Republica de Moçambique vinte e nove escolas foram vandalizadas pelos manifestantes em todo o país. A PRM reportou ainda nesta quinta-feira dezassete manifestações violentas registadas em algumas regiões do país, com foco para a cidade de Maputo e Maputo Província.

Severino Nguenha adverte que os actores políticos têm, apenas, quinze dias, antes da proclamação dos resultados eleitorais, para tentar alcançar um acordo de princípios e evitar uma eventual desintegração da nação moçambicana. Nguenha faz parte de um grupo de personalidades que procuram promover o diálogo nacional em busca de uma solução pacífica para a tensão pós-eleitoral.  

Há fraca circulação de pessoas e viaturas pelas ruas e avenidas da Cidade de Maputo devido ao bloqueio das vias e violência perpetrados pelos manifestantes que cumprem as ordens de Venâncio Mondlane. Transformam estradas em locais de diversão e na Praça dos Combatentes usaram carro da polícia para a recolha de lixo.

Manifestantes vandalizam o edifício sede da FRELIMO e incendeiam uma viatura na província de Gaza. Os actos de destruição dos bens do partido tiverem lugar na noite desta quarta- feira e incluem a vandalização da única viatura do corpo de Salvação Pública alocada â província. 

Vários estabelecimentos públicos e privados da Cidade de Maputo, incluindo escolas, estiveram em funcionamento, esta quarta-feira, apesar das manifestações. Entretanto, cidadãos entrevistados pela Televisão de Moçambique mostram-se saturados pelos protestos, sobretudo durante os finais de semana.