A urna contendo as cinzas do antigo líder de Cuba, Fidel Castro, vai hoje a enterrar no Cemitério de Ifigénia, em Santiago, local considerado berço da revolução cubana. É o mesmo cemitério onde jazem os restos mortais de José Marti, herói da independência de Cuba. Fidel Castro morreu aos noventa anos no dia 25 de Novembro último. Esta cerimónia marcou o fim da Caravana da Liberdade, que durante 4 dias atravessou a Ilha de Cuba com a urna contendo as cinzas de Fidel Castro. O cortejo fúnebre chegou este sábado a Santiago, ido de Havana, após percorrer 900 km. Foi uma procissão em sentido contrário da marcha revolucionária que em Janeiro de 1959 levou o líder comunista ao poder. Ao longo de todo o percurso, houve uma moldura humana a homenagear o homem que pôs fim à ditadura de Fulgêncio Baptista. No discurso proferido neste acto, o Presidente cubano Castro disse que, por vontade expressa do seu irmão, nenhuma avenida, praça, monumento ou outro local público irá ostentar o nome de Fidel Castro. Também não será erguida nenhuma estátua ou busto em memória do líder da revolução cubana. Raul Castro prometeu submeter uma proposta de lei à Assembleia Nacional proibindo o culto de personalidade, uma prática a que Fidel Castro opôs com veemência. O presidente de Cuba jurou defender a pátria e o socialismo, para honrar a memória de Fidel. Acorreram às exéquias milhares de cubanos e vários líderes estrangeiros, em que se destacavam os presidentes da Venezuela, Nicolas Maduro, e da Bolívia, Evo Morales, além dos antigos presidentes brasileiros, Lula da Silva e Dilma Roussef. Moçambique fez-se representar no último “adeus” ao antigo líder cubano através de uma delegação chefiada pelo antigo Presidente da república, Armando Guebuza. A cerimónia terminou com a entoação do hino 26 de Julho, nome do movimento fundando em 1954 e que levou Fidel Castro ao poder. [iframe width=”808″ height=”395″ src=”https://www.youtube.com/embed/0A99DQQJRsI” frameborder=”0″ allowfullscreen ]