O Hospital Central de Maputo necessita de dinheiro para substituir todo sistema eléctrico, visando adequar os níveis de consumo de energia eléctrica aos equipamentos que envolvem tecnologia de ponta.
A par disso, a maior unidade sanitária do país está a eliminar todas as ruínas existentes no recinto hospitalar, substituindo-as com novos edifícios.
Com 116 anos de existência, o HCM tem mais de cinquenta edifícios, grande parte a desabarem aos poucos, outros já em ruínas.
A administração do hospital está a eliminar ruínas por fases. São dez ruínas identificadas, tendo sido já recuperadas três.
Alguns edifícios, vão mesmo ser deitados a baixo para dar lugar a novos que deverão se construídos, outras reabilitadas.
“O bloco administrativo central está em fase avançada de reabilitação, começamos pela parte interna, o bloco operatório estava em reabilitação, sofreu uma paralisação, estamos a reabilitar a nossa cozinha. Reabilitamos alguns serviços internos e temos para breve, dependendo das condições financeiras, a reabilitação de enfermarias que incluiriam fundamentalmente a enfermaria de medicina” – explica o Director-geral do HCM, Mouzinho Saide.
O desafio é montar um centro de controlo de câmaras, o chamado pólo técnico, para monitorar toda actividade hospitalar.
O sistema eléctrico está desajustado aos desafios que o hospital tem, sobretudo para alimentar os aparelhos de alta sensibilidade.
“Estas tecnologias de que estamos a falar, tomografia computorizada, ressonância magnética, ecógrafos, Raio X, etc., implicam um consumo de energia muito grande, de facto, o nosso sistema eléctrico não está adequado a este tipo de tecnologia, precisa de renovação constante, daí que muitas vezes ,temos os focos de incêndio, porque a capacidade de consumo de energia não corresponde ao sistema instalado.”
A Direcção do Hospital diz que a substituição do sistema eléctrico está a ser feita por fases, a externa e interna, esta última, onerosa, dada a complexidade.
Estudos estão ainda a ser feitos para se aferir o valor necessário, visando fazer os trabalhos internos.
“A primeira foi a reabilitação da parte exterior em que fizemos a instalação de toda rede externa de cablagem, geradores, Posto de transformação, agora numa segunda fase, iremos fazer a revisão do sistema eléctrico interior. Mas essa parte é muito, mas muito onerosa, não temos ideia de quanto é que vai custar, a parte exterior custou 50 milhões de Meticais” – diz o Director-geral do HCM.
A corrente eléctrica que alimenta o hospital central de Maputo envolve 10 postos de transformação, vulgo PTs, e auxiliada por 12 grupos geradores de 350 a 630 KVAs.