Até Agosto próximo, o Banco de Socorros do Hospital Central de Maputo, em reabilitação, poderá retomar as actividades no tradicional edifício.
Há dois anos que a infra-estrutura está em obras, para a modernização e ampliação da capacidade de intervenção do serviço de urgências da maior unidade sanitária do país.
Há muito que a infra-estrutura clamava por reabilitação de vulto, alguns compartimentos já estavam em estado avançado de degradação.
Hoje, com um novo aspecto, o edifício foi completamente requalificado e a capacidade de intervenção aumentou.
Existem agora quatro balcões de aceitação, contra dois anteriores, e outros oito para atendimento médico.
Os serviços de cirurgia, antes com oito camas, actualmente dispõem de dezasseis e igual número para a sala de medicina.
Foram criadas três salas de isolamento com sistema de gases medicinais para doentes com patologias altamente transmissíveis.
O Banco de socorros tem agora duas entradas, uma para ambulâncias e macas, outra para doentes menos graves.
A modernização envolve uma nova sala de ressuscitação, onde o doente é estabilizado e encaminhado para enfermaria.
“Neste momento o Banco de Socorros está numa fase avançada de reabilitação, calculamos que esteja a 85 a 90% de realização, estamos em fase de finalização, o actual Banco de Socorros é uma completa re-funcionalização do anterior, não tem nada a ver com o anterior Banco de Socorros, tínhamos uma capacidade de 16 camas nos serviços de observação, actualmente vamos passar para uma capacidade de 32 camas” – explica o Director do Hospital Central de Maputo, Mouzinho Saide.
A requalificação do Banco de Socorros tem desafios de aumento de recursos humanos para responder à demanda.
Em média, por dia 1500 doentes solicitam os serviços médicos na maior unidade hospitalar do país.
Os serviços de urgência atendem 700 doentes por dia e o número chega a tingir a mil no período de pico.
As autoridades de saúde dizem ser desgastante e já estão a estudar formas para melhorar a capacidade de resposta, nas unidades sanitárias da Cidade e Província de Maputo, para descongestionar o HCM.
“Porque este hospital é de facto um hospital de referência, deveriam aceder a este hospital doentes que sejam referidos de outras unidades sanitárias e não vir directamente ao HCM, só em caso de emergência, mas o que nós vemos é que tem hipertensão, dor de cabeça acede directamente ao HCM e isso provoca enorme sobrecarga” – lamenta Mouzinho Saide.
A reabilitação do Banco de Socorros, a ser feita por fases, inclui os laboratórios e serviço de imagiologia, que atende exames de TAC, Ressonância magnética, raio-X, ecografias, mamografia entre outros. A segunda fase vai envolver a intervenção nos cuidados intensivos.
Prevê-se que até Agosto próximo, o tradicional edifício do Banco de Socorros do Hospital Central de Maputo esteja a funcionar na plenitude.