O centro e norte de Moçambique serão as áreas prioritárias na administração da vacina contra malária no país.
A escolha decorre do facto de as duas regiões apresentarem altas taxas de infecção e mortalidade por malária em crianças menores de cinco anos.
A vacina contra a malária foi aprovada oficialmente a 6 Outubro de 2021, pela Organização Mundial da Saúde.
O imunizante desenvolvido em parceria com cientistas moçambicanos terá como regiões prioritárias alguns países africanos, incluindo Moçambique, tal como o diz Patrick Sieyes, representante da Vestergard. “Os mapas de África nos lugares onde a prevalência é superior a 10 por cento e em distintas zonas do continente e grande parte de Moçambique, e em zonas em que a mortalidade de em menores de 5 anos em cima de 9 por cento”.
O continente africano ainda lidera os índices de mortalidade por malária no mundo, apesar de continuados esforços para prevenir e erradicar a doença.
Segundo o epidemiologista Pedro Alonso, em Moçambique a região prioritária para a vacinação contra malária será o centro e norte do país. “Minha impressão olhando para o mapa de Moçambique, a prevalência de 2019, na parte muito importante do país especialmente a zona centro e norte seriam potenciais receptores de vacinas. Portanto o pais terá que intervir para usar as vacinas juntos outras medidas de prevenção para reduzir a carga da doença e mortalidade por malária no país”.
De acordo com dados do primeiro trimestre de 2022 foram diagnosticados cerca de dois milhões de casos de malária, em Moçambique.
Destes casos Cabo Delgado, Nampula, Sofala e Zambézia são as regiões do país com maior incidência da doença.
Em 2021 cerca de 630 mil pessoas morreram devido malária e outras 240 milhões foram infectadas pela doença a nível global.