O Banco Mundial e o Banco Africano para o Desenvolvimento vão retomar o apoio directo ao Orçamento do Estado a partir do próximo ano.
Segundo Ministro da Economia e Finanças, Ernesto Max Tonela, o compromisso assumido há dias pelo Fundo Monetário Internacional sinaliza a reconquista da credibilidade de Moçambique nos mercados financeiros internacionais.
Vai ser mais um balão de oxigénio para as finanças públicas nacionais. Depois do compromisso assumido pelo FMI, o Banco Mundial e o Banco Africano para o Desenvolvimento retomam o apoio directo ao Orçamento de Estado, após cerca de 5 anos de suspensão.
Max Tonela, Ministro da Economia e Finanças: “O acordo com o FMI é um sinalizador.
Nós assumimos que depois do acordo teremos melhores condições para a mobilização de recursos face a melhoria da credibilidade do país nos mercados internacionais. Temos garantia da mobilização de recursos para apoio ao orçamento do estado do banco mundial e também expectativas do BAD voltar a financiar o orçamento do estado a partir do ano de 2023 ”.
O Vice-presidente do BAD para área de Governação Económica e Gestão de Conhecimento diz que Moçambique introduziu reformas significativas na gestão de fundos públicos.
Kevin Urama, Vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento: “É com muito prazer que notamos que Moçambique introduziu reformas estruturantes na gestão de políticas macroeconómicas e gestão de finanças públicas em todos os aspectos nos últimos 7 anos”.
Uma delegação de alto nível do BAD, chefiada pelo Vice-presidente, está em Moçambique para apoiar na melhoria de sistemas de gestão de finanças públicas e mobilização de recursos para implementação de projectos de desenvolvimento do país.
Em Moçambique, o BAD tem uma carteira de investimentos avaliada em 1 bilião de dólares norte americanos. O valor está a ser aplicado em 21 projectos ligados aos sectores de energia, construção de estradas e agricultura.